Traficante DG é encontrado morto; motorista de van foi obrigado a transportar o cadáver

DG, na delegacia, logo depois de ser preso em julho de 2012
DG, na delegacia, logo depois de ser preso em julho de 2012 Foto: Nina Lima / Extra
O traficante Diogo de Souza Feitosa, o DG, de 29 anos, foi encontrado morto, na manhã deste sábado, dentro de uma van nas proximidades da Favela Parque Alegria, no bairro do Caju, Zona Norte do Rio. A informação foi confirmada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Twitter. Segundo informações da Polícia Militar, o motorista da van foi rendido por bandidos na Favela Nova Holanda. Eles deram ordem para que o motorista levasse o cadáver ao Instituto Médico-Legal (IML), que fica em São Cristóvão. No caminhão, na Linha Vermelha, na altura do Parque Alegria, o motorista viu uma patrulha do 4º BPM (São Cristóvão) e parou.
Ao saberem o que havia acontecido, os PMs levaram a kombi para a Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca. O corpo permanece no local à espera de perícia.
As equipes do Bope na Nova Holanda
As equipes do Bope na Nova Holanda
A morte de DG teria ocorrido durante uma operação do Bope na Nova Holanda. Desde cedo, equipes da unidade estavam na comunidade. Houve intenso tiroteio. Alunos de uma academia se jogaram no chão com medo dos disparos. Todos ficaram muito assustados e nervosos.
Alunos de uma academia se agacham durante o tiroteio
Alunos de uma academia se agacham durante o tiroteio Foto: Fabiano Rocha / Extra
Depois da confirmação da morte de DG, equipes do Batalhão de Choque foram para os acessos da Nova Holanda. O objetivo é evitar manifestações de luto incitadas por traficantes.
O resgate
DG foi preso por policiais militares do 22º BPM (Maré) no dia 3 de julho de 2012. ao tentar fugir de motocicleta na contramão na Avenida Dom Hélder Câmara. Ele bateu num Fiat, caiu, se machucou e foi capturado. Na cintura, tinha duas granadas. Horas depois, numa ação cinematográfica, o traficante foi resgatado da 25ª DP (Engenho Novo). Quinze bandidos, que chegaram num Astra, numa Tucson e em duas motos, cercaram a delegacia. Além disso, os criminosos, que se comunicavam por radiotransmissores, isolaram um quarteirão. Dentro da delegacia, não houve reação dos policiais.
Com a ajuda de um alicate de pressão, os bandidos cortaram o cadeado da cela e resgataram Diogo. Quando o grupo saía, dois policiais reagiram e trocaram tiros com os bandidos. Um dos agentes teve que rolar no asfalto para fugir das balas e feriu um dos braços. Tiros atingiram um bar, levando pânico aos clientes, que se jogaram no chão. Ninguém se feriu

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