Barreiras: prefeito rebate críticas e acusa a antecessora de abandonar a cidade


Assumindo pela terceira vez a gestão do município de Barreiras, Antônio Henrique (PP), enfrenta a oposição contundente da deputada estadual Kelly Magalhães (PCdoB) que o acusa constantemente de ter “parado” o desenvolvimento da cidade. Contudo, o pepista argumenta que a realidade é outra.

Em conversa com a reportagem do Bocão News, o prefeito rebateu as críticas da candidata a vice-prefeita derrotada – Kelly participou da chapa de Jusmari Oliveira (PSD), prefeita nos últimos quatro anos que não conseguiu se reeleger – afirmando que já iniciou muitas ações prometidas em campanha.

De acordo com ele, prova disso foi o mutirão realizado no começo do ano para limpar a cidade. Henrique garante que as mudanças são perceptíveis, vez que a antiga administradora, Jusmari, deixou a cidade abandonada e caótica, conforme declarou o pepista.

“Eu falar isso (abandono da cidade) parece politicagem. Mas nós temos um vasto material documentado através de fotos e filmagens de antes da eleição. O exemplo está na garagem da prefeitura, onde podem ser vistas diversas máquinas em estado de sucateamento. Nós estamos fazendo um trabalho com máquinas alugadas, pois não poderíamos perder mais tempo para recuperar a cidade que estava um caos”.

Prioridade

O principal problema anunciado pelo atual gestor é a falta de esgotamento sanitário. Segundo Antônio Henrique, a administração anterior iniciou as obras de forma desordenada. Ele acusa a antecessora de “abrir a cidade toda e não concluir nada”.

“Nós estamos tendo dificuldades de repor o asfalto porque ainda falta fazer as ligações (do esgotamento sanitário) e teria que abrir novamente parte do asfalto. A responsabilidade é da Embasa, mas é também do município porque não exigiu ou acompanhou a realização do serviço. Nós vamos trabalhar com responsabilidade. Vamos pegar um bairro e concluir para depois seguir”.

Este é o desafio inicial de Antônio Henrique. O prefeito comemorou o compromisso assumido pelo governador Jaques Wagner (PT) de fazer “uma licitação de R$ 25 milhões para concluir uma etapa, e depois a segunda de R$ 18 milhões para fazer o esgotamento sanitário, o que vai cobrir em torno de 85% da cidade. Estamos trabalhando para isso”.

Além do esgotamento sanitário, o prefeito pretende fazer as obras de macrodrenagem necessárias para corrigir os problemas ocasionados pela própria localização geográfica da cidade. “Barreiras tem um problema sério porque em volta tem a serra e um rio corta a cidade no meio. O caminho natural das águas é descer da serra para o rio, passando por dentro da cidade”.

Embora faça esta campanha no momento atual, Antônio Henrique administrou a cidade entre os anos de 1997 a 2004 e foi questionado sobre as razões pelas quais não fez estas obras anteriormente. O prefeito assegura que fez muitas nos dois mandatos, mas que nos últimos oito anos nada ou quase nada foi feito e as realizações se deterioraram.

Servidores

Os problemas nas áreas da Saúde, Educação e Infraestrutura são reconhecidos por Henrique, mas o prefeito dispara contra Jusmari quando o assunto é atraso salarial. O pepista revelou que assumiu a prefeitura tendo de quitar parte do salário de outubro, novembro, além do mês de dezembro e 13º dos funcionários do município. O débito chegava a R$ 12 milhões e tudo foi pago e, de acordo com ele, não há atrasos desde janeiro.

Fiol

O assunto do momento na cidade do oeste baiano é a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). O seminário realizado no final de abril mexeu com todas lideranças da região. Para Antônio Henrique, o evento foi um marco para o desenvolvimento de todo o estado.

“Nunca vi acontecer aqui um movimento como o deste seminário da Fiol. Eu sempre digo que esta ferrovia é tão importante para o desenvolvimento do oeste da Bahia como foi a construção da BR 116 na década de 1960 e depois a BR 101, que trouxeram progresso ao estado. A ferrovia é fundamental. Imagine a diferença de ter algo de imediato quando atualmente se leva 60 ou 90 dias para fazer um embarque no Porto de Santos. O prejuízo é grande

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