Vídeo: aluno agride professora. APLB e secretário se indignam com o caso


Um caso de violência envolvendo violência dentro de escola retorna à internet e choca quem assiste às imagens. Dessa vez, um estudante agride uma professora na sala de aula. A agressão ocorrida em uma escola da cidade de Santos, em São Paulo, começa com agressões verbais do aluno contra a professora e termina com socos e chutes. O motivo: a nota baixa recebida pelo estudante.

Na Bahia, a violência também vai às escolas. Segundo dados da Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), durante os 115 dias de greve da rede estadual de ensino, ocorrida no ano passado, foram registrados pela polícia, 93 casos de violência nas escolas. Até setembro de 2012 foram contabilizados 98 casos de lesões corporais, 18 ameaças de morte, dois roubos, seis casos de porte de arma branca, um de arma de fogo e duas tentativas de homicídio envolvendo adolescentes.
Além das brigas entre os estudantes, na Bahia também existem casos de agressões a professores. O presidente da APLB-Sindicato, Rui Oliveira, reconhece que existem agressões de alunos contra professores na rede estadual e disse que estão sendo mapeado os casos. “Os professores ficam apreensivos, pois não se sentem seguros. A violência nas escolas reflete a violência da sociedade. Essa violência entre professores e alunos tem como causador principal a falta de valores na família pois, atualmente, as famílias estão desestruturadas. No meu tempo de estudante,  tinha como obrigação respeitar o professor”, desabafa Costa, que também atribui à violência nas escolas o valor de competitividade que a sociedade prioriza e desbanca o senso de coletividade.

Rui também sugeriu algumas medidas para solucionar o problema. “Deveriam ser recorrentes reuniões entre famílias e escola para integrar mais a família, desenvolver projetos de políticas educativas que estabeleça relação de respeito e amplitude entre as partes”, sugere.
Para o secretário de Educação de Salvador, João Carlos Bacelar, a família também é a base para ajudar a reverter o quadro da violência nas unidades de educação, apesar de afirmar que na rede municipal não existem muitos casos de violência entre alunos e muito menos entre alunos e professores, já que as escolas atendem crianças entre zero e 14 anos. “Temos um agravante na rede municipal. Porque apesar de atendermos crianças de zero a 14 anos existem alguns casos”, afirma o secretário, que disse que é fundamental a participação da família na escola. “A família precisa estar na escola como parceiro e não como inquisitor. Precisa fazer reuniões, estar no dia-a-dia da escola, isso é um forte instrumento contra a violência escolar”, afirma Bacelar.

O secretário também falou de algumas providências tomadas pela sua pasta. “Nós orientamos os diretores a trabalharem assuntos ligados à família utilizando instrumentos para que a cultura da paz predomine”, explica.   

A Polícia Militar da Bahia apresentou dados da violência nas escolas em 2013, registrado pelas Rondas Escolares. A Ronda é uma operação desenvolvida pela PM que tem a finalidade de intensificar o policiamento, por meio de rondas nos estabelecimentos de ensino, visando combater e prevenir a violência nas escolas e seu entorno, por meio de atividades integradas (palestras, visitas, apresentação de peça teatral) para que a comunidade escolar tenha um ambiente propício para o desempenho de suas atividades. Vale ressaltar que a Ronda Escolar complementa o policiamento já realizado pelas companhias independentes nas localidades onde as escolas estão instaladas.

Atualmente, a Ronda conta com um efetivo de 400 policiais militares, 15 viaturas e 10 motocicletas. Em 2013 já foram registradas 90 ocorrências pela Ronda Escolar nas instituições de ensino, entre elas: lesão corporal - 9
Ameaça – 24, Furto – 9, Armas brancas apreendidas – 4, Desacato -1, Vias de fato (briga) – 26, Roubo -3, Tentativa de homicídio -1, Outras Ocorrências (ato obsceno, dano ao patrimônio público, provocação de tumulto, entre outras, foram – 13. Além destas, a Ronda Escolar efetuou cinco prestações de socorro nas escolas.

  Em 2012, a equipe da Ronda foi acionada 251 vezes. A maioria delas para intervir em brigas entre alunos.

Fotos: Bocão News - Reprodução Redes Sociais - Divulgação

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