Um carro da Record foi depredado e incendiado por um grupo de
manifestantes na noite desta terça-feira durante o protesto contra as
tarifas do transporte público, que ocorre na região central de São
Paulo. As pessoas que estavam no veículos fugiram do local após a
abordagem do grupo.
Os manifestantes também incendiaram uma base da Polícia Militar, na
praça do Patriarca, e depredaram uma agência do banco Itaú. As grades de
ferro que faziam o isolamento da prefeitura foram usadas nos atos de
vandalismo, inclusive na tentativa de arrombar uma porta de madeira na
lateral da prefeitura.
Mais cedo, um grupo tentou invadir a entrada principal da prefeitura. Os
guardas-civis que faziam um cordão diante do prédio entraram na
prefeitura para não serem atingidos pelos objetos que eram lançados em
direção a eles. Os muros do prédio também foram pichados pelos
manifestantes.
No protesto do último dia 11, pelo menos, 15 jornalistas ficaram
feridos, segundo levantamento da Abraji (Associação Brasileira de
Jornalismo Investigativo). Apenas da Folha, foram sete jornalistas atingidos por balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.
Cerca de 50 mil pessoas, segundo o Datafolha, iniciaram por volta das
16h30 desta terça-feira o protesto na região central de São Paulo. O
grupo acabou se dividindo em passeata. Por volta das 20h30, havia
manifestantes interditando a av. Paulista, a rua da Consolação, a
marginal Pinheiros e o viaduto do Chá, onde fica a prefeitura.
Esse é o sexto protesto promovido contra o aumento das passagens de
transporte público. Os primeiros atos foram marcados por confrontos
entre policiais e manifestantes. O protesto mais violento ocorreu na
última quinta-feira (13), quando cerca de cem pessoas ficaram feridas e
mais de 200 foram detidas.
A manifestação com maior número de pessoas, no entanto, ocorreu ontem,
quando reuniu cerca de 65 mil, segundo o Datafolha. O ato ocorreu de
forma pacífica na maior parte do tempo, tendo ocorrido tumulto apenas na
frente do Palácio dos Bandeirantes, já no fim da noite. Não houve,
porém, feridos ou detidos.
Veja nota da Record:
A Rede Record de Televisão vem a público informar que todos os
profissionais que trabalhavam na transmissão ao vivo das manifestações
em São Paulo escaparam ilesos do incêndio no caminhão usado para a
captação de imagens.
O protesto na porta da Prefeitura de São Paulo que teve momentos de
tensão com a tentativa de invasão do prédio já estava esvaziado.
A grande maioria dos manifestantes já tinha deixado o local em
passeata. Por isso, a Record tem a certeza de que foi atacada por uma
minoria de vândalos.
Antes que o carro saísse, um grupo atacou o veículo com pedras e depois colocou fogo nos equipamentos.
A Record reafirma o seu compromisso de transmitir com fidelidade o
protesto pacífico de milhares de pessoas nas ruas brasileiras e lamenta
apenas que pequenos grupos tentem impor as suas ideias pela violência.
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