Após
uma foto de policiais posando ao redor de um bandido morto causar
polêmica na internet, o líder do governo na Assembleia Legislativa,
deputado Zé Neto (PT), minimizou o caso. Segundo o jornal A Tarde, ele
disse ser compreensível a atitude dos integrantes da Companhia
Independente de Polícia Especial do Semiárido (Cipe-Semiárido).
"Sei que fere os direitos humanos, mas a gente também tem que começar a entender essa adrenalina dos policiais numa movimentação que, às vezes, dura meses contra um grupo que tem aterrorizado os moradores da Chapada Diamantina, bandidos que agem com brutalidade, uma estupidez sem precedentes. Situações como essas não se podem ver como algo 'marginal', não se pode fazer um cavalo de batalha sobre isso", disse.
Para ele, é preciso "contemporizar", ponderando que, se de um lado houve um erro, é preciso administrar "de forma serena" para não prejudicar a relação com a corporação, "porque, na outra ponta, há o policial com adrenalina trocando tiro com bandido".
"Sei que fere os direitos humanos, mas a gente também tem que começar a entender essa adrenalina dos policiais numa movimentação que, às vezes, dura meses contra um grupo que tem aterrorizado os moradores da Chapada Diamantina, bandidos que agem com brutalidade, uma estupidez sem precedentes. Situações como essas não se podem ver como algo 'marginal', não se pode fazer um cavalo de batalha sobre isso", disse.
Para ele, é preciso "contemporizar", ponderando que, se de um lado houve um erro, é preciso administrar "de forma serena" para não prejudicar a relação com a corporação, "porque, na outra ponta, há o policial com adrenalina trocando tiro com bandido".
No
assalto em Mucugê, o grupo de dez homens aterrorizou os moradores. Na
fuga, um refém foi morto e dois feridos. Várias equipes da PM passaram a
perseguir os suspeitos pela região. Um primeiro grupo foi achado na
zona rural de Cafarnaum. Conforme a PM, eles resistiram à prisão,
quatro foram mortos e dois presos.
Corpo exposto - Uma
imagem que lembra a exibição de cangaceiros mortos como troféus
macabros pelas "volantes" do governo na primeira metade do século XX
levou a Corregedoria da PM a abrir sindicância para investigar a imagem
em que policiais exibem o corpo do suspeito de liderar a quadrilha que
assaltou, no dia 6, o Banco do Brasil de Mucugê (a 448 quilômetros de
Salvador).
Identificado
como Marcos Jeferson de Carvalho, 24 anos, e conhecido como Coninho, o
homem foi morto na zona rural de Bonito (a 414 quilômetros da capital).
Na foto, o corpo dele está estirado no chão de barro, tendo à volta 19 "catingueiros", como são conhecidos os policiais da Cipe-Semiárido, fortemente armados com fuzis e metralhadoras. A imagem foi exibida em vários sites e redes sociais.
Na foto, o corpo dele está estirado no chão de barro, tendo à volta 19 "catingueiros", como são conhecidos os policiais da Cipe-Semiárido, fortemente armados com fuzis e metralhadoras. A imagem foi exibida em vários sites e redes sociais.
Em
nota, a PM diz que "não coaduna com o comportamento adotado pelos
policiais militares que posaram numa foto exibindo o corpo de um
criminoso responsável pelo roubo de uma agência bancária no município de
Mucugê" e assinala que irá apurar o fato.
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