Se
o ano terminou turbulento na Assembleia Legislativa da Bahia, a partir
desta quinta-feira (2), o clima começa tenso com a discussão e votação a
PEC 134 e o projeto que permite a antecipação dos royalties do petróleo
até 2018 para cobrir o déficit da previdência. Encaminhada pelo
governador Jaques Wagner, a proposta serve para desarmar a “bomba
relógio” deixada pela gestão anterior, de Paulo Souto (DEM).
O rombo na previdência em 2013 é de R$ 1,6 bilhão e deve chegar a R$ 2,3
bilhões este ano. O petista ironizou a situação. “Falei para cair a
ficha na cabeça de alguns que já governaram a Bahia de que essas conta
não é de quatro ou de sete anos. É da história política da Bahia”.
Indignado com a declaração, Souto respondeu às críticas em entrevista ao
jornal A Tarde. Segundo o democrata, quando ele deixou o Palácio de
Ondina, havia no caixa do Fundo da Previdência do Servidor da Bahia
(Fundprev) um saldo positivo de R$ 400 milhões.
“Esses recursos ficaram absolutamente íntegros ao final do meu governo, o
que se considerava ser o início de um processo contínuo de
capitalização para redução do já gigantesco déficit atuarial do
sistema”. Souto ainda completa que no seu primeiro governo, de 1995 a
1999, o sistema previdenciário estadual passou por um processo de
modernização. E que a situação atual da previdência é resultado de um
“descontrole orçamentário e financeiros do estado do que propriamente da
elevação das despesas previdenciárias, perfeitamente previsíveis”.
Após a votação desta quinta-feira (2), os deputados voltam a se reunir
no dia 7 para a possível votação da proposta orçamentária do estado para
2014.
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