Agente da
Polícia Federal estão nas ruas do
Rio de Janeiro
na manhã desta quinta-feira para cumprir novos mandados, em mais um
desdobramento da Operação Lava Jato no Estado. Foi preso, em sua em
casa, em um condomínio da Zona Oeste do Rio, Alexandre Pinto o
ex-secretário de obras da gestão
Eduardo Paes (PMDB). A
investigação da força-tarefa do Ministério Público Federal, no Rio,
investiga pagamento de propinas nas obras do BRT Transcarioca e também
fraudes na despoluição da Bacia de Jacarepaguá.
Em nota, a PF informou que a ação, batizada de
Rio 40 Graus,
apura um esquema envolvendo o pagamento de propina a servidores
públicos nas esferas municipal e federal, por meio de serviços fictícios
de advocacia e entregas de valores em espécie desviados das obras do
BRT e do Programa de Despoluição da Bacia de Jacarepaguá. A operação é
realizada em conjunto ao Ministério Público Federal e a Receita Federal.
Setenta
e seis policiais federais cumprem nove mandados de prisão preventiva,
um mandado de prisão temporária, três mandados de condução coercitiva e
dezoito mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal
Criminal/RJ, no Rio de Janeiro (Recreio, Centro, Copacabana, Botafogo,
Vila Isabel, Barra da Tijuca, Tijuca, Rocha, Jacarepaguá), Niterói (Boa
Viagem, Icaraí, São Francisco, Itaipu, Fonseca, Camboinhas) e em São
Paulo, Recife e Petrolina (PE).
As investigações, iniciadas há
cerca de quatro anos, indicam a participação de servidores públicos
municipais no grupo criminoso. Os presos serão indiciados por
corrupção,lavagem de dinheiro e organização criminosa. Após os
procedimentos de praxe, eles serão encaminhados ao sistema prisional do
Estado.
Lava Jato – No dia 1 de agosto, o Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) aprovou a prorrogação da força-tarefa da
Operação Lava Jato. Com a medida, a atual estrutura de 14 procuradores, entre eles
Deltan Dallagnol, será mantida pelo menos por mais um ano no braço da procuradoria em
Curitiba.
A força-tarefa foi criada em 2014 pelo procurador-geral da República,
Rodrigo Janot. Na época, seis procuradores passaram a investigar os fatos iniciais apurados pela Lava Jato.
De
acordo com dados atualizados pela PGR, até julho deste ano foram
abertos 1.700 procedimentos de investigação e realizadas 844 buscas e
apreensões, 210 conduções coercitivas e 104 prisões temporárias. Até o
momento, 157 investigados foram condenados. As penas somam 1.563 anos de
prisão. Por meio dos acordos de delação premiada foram recuperados 10,3
bilhões de reais desviados dos cofres públicos.
(com Estadão Conteúdo
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