O ritmo de cada país é diferente. Japão, Hong Kong e Singapura viram crescer as infecções de maneira paulatina desde janeiro. Na Europa, os casos dispararam rapidamente. Os dados são da Universidade Johns Hopkins (EUA) e os gráficos se atualizam a cada dia
Em janeiro, o novo coronavírus (SARS-CoV-2) estava concentrado na China, e só alguns casos chegavam a outros países,
através de pessoas infectadas que viajaram de avião ou navio. No final
daquele mês, já eram 10.000 infectados na China e em outros 129 países.
Mas em fevereiro foram registrados vários surtos na Coreia do Sul,
Itália, Alemanha e Espanha. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em
26 de fevereiro, mas os casos confirmados passavam de 1.500 menos de um
mês depois (veja aqui em tempo real a atualização da Covid-19 no Brasil). Em 11 de março, a Organização Mundial da Saúde declarou o novo coronavírus é uma pandemia global.
Os casos em cada país
O gráfico mostra os casos registrados nos países com mais infecções detectadas. A escala é logarítmica (a distância de 1 a 10 é igual à de 10 a 100) para apreciar melhor as fases iniciais do surto.
A China é o país onde o vírus apareceu e onde houve mais
infecções. Mas outros países já possuem um número significativo de casos
confirmados: Coreia do Sul, Itália, Irã, Japão, França, Alemanha e Espanha superavam a marca dos 200 doentes em 5 de março. Em 17 de março, o Governo espanhol confirmava mais de 490 mortes pela Covid-19.
O
ritmo de cada país é diferente. Japão, Hong Kong e Singapura viram
crescer as infecções de maneira paulatina desde janeiro. Em outros
países, como Espanha, França e Alemanha, os casos dispararam seguindo a esteira da Itália, que soou o alarme na Europa.
É
importante entender que falamos de casos confirmados. Ou seja, estamos
medindo dois fenômenos ao mesmo tempo: o aumento real de infectados em
cada país e a capacidade de detectá-los por parte de suas autoridades.
Mais informações
A
evolução na Europa é um bom exemplo disso. Após a explosão de casos na
Itália, observa-se um aumento em muitos países. Mas a razão disso não é
só a existência de infecções; há também um aumento nas detecções porque os países reforçaram seus protocolos.
“É provável que essa mudança tenha tido um grande efeito no número de
casos. A transmissão da doença pode ser alta, mas não é plausível que
seja tão alta a ponto de gerar os picos que vimos em muitos países”, diz
Adam Kucharski, professor da London School of Hygiene & Tropical
Medicine.
Na Espanha, os casos dispararam após 25 de fevereiro, quando o país começou a realizar exames de Covid-19
em pessoas com pneumonias de origem desconhecidas. Até então, o
protocolo era aplicar o teste somente a indivíduos com sintomas que
tivessem tido contato com casos confirmados ou que tivessem visitado as
zonas de risco.
A evolução de cada surto
Uma
forma de tentar comparar o ritmo do vírus em cada país é ver sua
evolução desde que os primeiros casos foram confirmados. No gráfico,
iniciamos cada surto a partir do dia em que 20 novos casos foram
registrados pela primeira vez.
0 Comentários