O procurador-geral da República, Augusto Aras
Foto: Roque de Sá/Agência SenadoO procurador-geral da República, Augusto Aras, e o CNPG (Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais) divulgaram nota no domingo (31) na qual defenderam o respeito à Constituição e aos poderes da República, no dia em que protestos a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro foram registrado em várias cidades do país. Em São Paulo, a PM reprimiu ato liderado por torcidas organizadas na Avenida Paulista.
"Repudiamos atos que possam afetar o ambiente de normalidade institucional preservado desde a Lei Maior de 1988. Por isso, rejeitamos a intolerância, especialmente as fake news que criam estados artificiais de animosidade entre as pessoas, causando comoção social em meio a uma calamidade pública, com riscos de trágicas consequências para a povo", diz a nota, assinada por Aras e pelo presidente do CNPG, Fabiano Dallazen
."O Ministério Público brasileiro está preocupado com este estado de coisas e cumprirá com os seus deveres constitucionais na salvaguarda da ordem jurídica que sustenta as instituições do país", conclui o texto.
Aras é o responsável por decidir se o inquérito que analisa a possível interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal, denunciado pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, será aceito e remetido à Câmara dos deputados.
Ele também pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que suspenda o inquérito das fake news, comandado pelo ministro Alexandre de Moraes. Na semana passada, uma operação da PF determinada por Moraes levou ao cumprimento de mandados de busca e apreensão contra aliados do presidente, entre blogueiros, ativistas e empresários.
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