Autópsia de George Floyd mostra homicídio por asfixia, diz advogado da família

Reprodução/CNN (28.mai.2020)

Vídeo registrou o momento da abordagem feita a George Floyd, homem negro assassinado por quatro policiais

Foto: Reprodução/CNN (28.mai.2020)

O advogado Ben Crump disse nesta segunda-feira (1º) que uma autópsia independente do corpo de George Floyd mostrou homicídio por asfixia mecânica.

Representante da família Floyd, Crump disse que a lesão foi por pressão contínua e que o homem morreu no local. "A ambulância foi seu carro funerário", declarou.

Floyd, um homem negro de 46 anos, morreu na última segunda-feira (25) após um policial branco ajoelhar sobre seu pescoço. Gravações mostram o homem suplicando, dizendo que não conseguia respirar.

De acordo com o relatório, o policial Derek Chauvin ajoelhou sobre Floyd por oito minutos e 46 segundos — desses, dois minutos e 53 segundos depois que a vítima havia perdido a consciência.

Chauvin foi preso na última sexta-feira (29). Os outros três policiais envolvidos na ação foram demitidos, mas continuam em liberdade.

O resultado da autópsia independente contradiz a análise oficial, que disse não encontrar "nenhuma evidência física que apoiasse um diagnóstico de asfixia traumática ou estrangulamento".

Após a declaração de Crump, o instituto de legistas do condado de Hennepin, em Minneapolis, publicou um novo relatório, dizendo que a morte de Floyd foi um homicídio causado por uma parada cardiopulmonar após ser restringido pelos policiais. 

A nota diz ainda que o homem tinha indicações de doença cardíaca pré-existente, bem como de intoxicação por fentanil e uso recente de metanfetamina.

Relembre o caso

George Floyd trabalhava como segurança na cidade de Minneapolis, no estado americano do Minnesota. Sua morte causou revolta nacional, e várias cidades têm reportado protestos, incêndios e saques contra o racismo e a violência policial. Uma manifestação do lado de fora da Casa Branca teria forçado o presidente Donald Trump a se abrigar em um bunker subterrâneo na última sexta-feira (29).

O dono da Cup Foods, uma loja de conveniência, contou em entrevista à CNN que um de seus funcionários chamou a polícia após Floyd pagar uma compra com uma nota falsa de US$ 20.

Em nota, a polícia disse que o homem teria resistido fisicamente à prisão, uma versão que é contestada por um vídeo de uma câmera de segurança próxima do local.

(Com CNN Internacional)

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