Ex-secretário-geral do PT é condenado por receber Land Rover como propina

O ex-secretário geral do PT, Sílvio Pereira

O ex-secretário geral do PT, Sílvio Pereira

Foto: Joedson Alves/Estadão Conteúdo (19.jul.2005)

Sílvio Pereira, ex-secretário-geral do PT, foi condenado nesta segunda-feira (27) pela Justiça Federal do Paraná, em processo da Operação Lava Jato, a quatro anos e cinco meses de prisão em regime semiaberto por corrupção passiva.

Pereira foi denunciado pela força-tarefa da Lava Jato pelo recebimento de um Land Rover como propina para favorecimento da empreiteira GDK em uma licitação da Petrobras para execução de obras em uma unidade de tratamento de gás em Cacimbas, no Espírito Santo, entre 2004 e 2005. 

Nesta mesma sentença, foram condenados o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, a três anos e 11 meses por corrupção passiva; e o administrador da GDK César Roberto Santos de Oliveira, a quatro anos e cinco meses por corrupção ativa. 

O administrador da GDK José Paulo Santos Reis e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro foram absolvidos. 

Leia também:

O Grande Debate: Lava Jato mostra força após operações contra tucanos?

Após ordem de Toffoli, servidores da PGR coletam dados da Lava Jato em Curitiba

Pedido de compartilhamento de dados da Lava Jato é 'abusivo', diz ex-procurador

O ex-secretário-geral do PT foi denunciado em novembro de 2016, mas a licitação que foi alvo do processo aconteceu há quase 15 anos, durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva na presidência. 

A defesa de Pereira disse que o crime de corrupção passiva é um delito exclusivo de funcionário público, que a sentença não analisou as provas em hipótese alguma e que deu pena excessiva, o que seria um padrão para a Lava Jato.

"O mais grave, Sílvio foi condenado por ter indicado Renato Duque para ser diretor. Só que o ministro [José] Dirceu, já foi condenado por isso, da mesma forma e na mesma perspectiva. Não dá para serem os dois", disse o advogado Luís Rassi, que afirmou que irá recorrer da decisão.

A CNN entrou em contato com os defensores de Duque e Oliveira, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

Postar um comentário

0 Comentários