O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e os comandantes das três
Forças, Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antonio
Carlos Moretti (Aeronáutica) divulgaram no início da tarde desta
segunda-feira (13) uma nota de repúdio contra o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes em razão de sua declaração no
sábado (11) de que os militares coadunam com “genocídio” na pandemia do novo coronavirus.
“Comentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos,
causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, além de infundada,
irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de
Estado não fortalece a Democracia”, diz a nota. Os militares irão
representar Gilmar na Procuradoria-Geral da República (PGR).
Além disso, o documento afirma que “genocídio é definido por lei como
'a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico,
racial ou religioso' (Lei nº 2.889/1956)”.
“Trata-se de um crime gravíssimo, tanto no âmbito nacional, como na
justiça internacional, o que, naturalmente, é de pleno conhecimento de
um jurista. Na atual pandemia, as Forças Armadas, incluindo a Marinha, o
Exército e a Força Aérea, estão completamente empenhadas justamente em
preservar vidas. Informamos que o MD [Ministério da Defesa] encaminhará
representação ao Procurador-Geral da República (PGR) para a adoção das
medidas cabíveis”, finaliza a nota.
Neste domingo, a CNN revelou a ampla insatisfação dos militares com as declarações de Gilmar.
A nota de repúdio era pra ter sido divulgada no domingo (12), mas
Azevedo refluiu, pois avaliou que poderia atrapalhar o processo de
pacificação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o STF. Nesta
segunda-feira, houve uma reavaliação, e a nota foi divulgada.
fonte:CNN Brasil
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