Brasil completa seis meses da confirmação do 1º caso do novo coronavírus

 

Profissional aplica teste do tipo RT-PCR para detecção do novo coronavírus

Profissional aplica teste do tipo RT-PCR para detecção do novo coronavírus

Foto:  / Reuters

O Brasil completa, nesta quarta-feira (26), seis meses do primeiro registro de caso do novo coronavírus, que causa a Covid-19, no país.

Em 26 de fevereiro, o Ministério da Saúde divulgou a confirmação do primeiro caso positivo em solo brasileiro, e também em toda a América Latina. 

Um homem de 61 anos que mora em São Paulo tinha retornado de uma viagem à Itália, país que no início de abril era um dos mais afetados pela doença. Posteriormente, governantes comentaram sobre indícios da presença da Covid-19 no país já antes disso.


O homem estava assintomático e foi deixado em quarentena domiciliar. À época, outras 30 pessoas que tiveram contato com ele ficaram em observação, segundo o ministério.

Em 26 de abril, o mundo tinha cerca de 81 mil casos confirmados do novo coronavírus. Hoje são quase 24 milhões, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins. 

Nessa segunda-feira (25), no último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde antes da data em que o primeiro caso completou seis meses, o Brasil totalizou 3.669.995 casos confirmados e 116.580 mortes.

Com esses números, o país é hoje o segundo mais afetado pela Covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que somaram no mesmo dia 5.769.024 de infectados e 178.129 mortos pela doença.

Muitos apontam a falta de testagem como uma das causas para a grande incidência da doença no Brasil. Do início da pandemia no país até julho, cerca de 13,3 milhões de pessoas, o equivalente a somente 6,3% da população brasileira, tinham feito algum teste para diagnosticar a doença.

Cronologia de casos confirmados no Brasil mês a mês

26/02 – 1º caso

26/03 – 2.915 casos 

26/04 – 61.888 casos

26/05 – 391.222 casos

26/06 – 1.274.974 casos 

26/07 – 2.419.091 casos 

25/08 – 3.669.995 casos (até o último balanço disponibilizado pelo Ministério da Saúde)

Reinfecções

Enquanto o país e o mundo ainda buscam respostas para os diversos questionamentos sobre a doença, nesta semana mais uma informação surgiu. Após a descoberta de um caso de reinfecção em Hong Kong, o Brasil investiga 23 pessoas por supostamente terem testado positivo para a Covid-19 duas vezes.

Mas será que isso pode mesmo acontecer? Para pesquisadores da USP de Ribeirão Preto, é um “evento raro”, mas “possível”. Especialistas também consideram a possibilidade de uma infecção por outro vírus, como o da gripe, que promova sintomas semelhantes aos do novo coronavírus. 

Uma segunda possibilidade é o vírus ter “adormecido” por meses. É como se ele continuasse no corpo, mas não manifestasse sintomas num intervalo de tempo entre a primeira e a segunda vez.


E também há a hipótese de que o vírus fique “esquecido” pelo organismo por semanas, como se não o percebesse mais ali. E quando o corpo "descobre" o vírus esquecido e decide reagir, os sintomas voltam nessa batalha para eliminar de vez a doença.

Vacinas

Mesmo com tantas pesquisas em desenvolvimento em todo o mundo para chegar a uma vacina efetiva, especialistas afirmam que é essencial que o Brasil tenha sua própria imunização, já que uma vacina brasileira permitiria uma distribuição mais ampla, rápida e barata da imunização.

Neste momento, o Brasil estuda quatro vacinas contra o novo coronavírus. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o ensaio clínico das vacinas desenvolvidas pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, pela empresa Sinovac Research & Development Co. Ltd. em parceria com o Instituto Butantan (conhecida também como Coronavac), pela BioNTech e Wyeth/Pfizer, e pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson.

Os testes são conduzidos em voluntários que trabalham na linha de frente do combate ao vírus. Os ensaios clínicos em seres humanos avaliam a segurança e eficácia do medicamento e são divididos em três fases.

Na fase 1, participam pequenos grupos de indivíduos. Na fase 2, há a inclusão de mais pessoas e a substância é administrada em indivíduos representativos da população-alvo a ser imunizada. Já na fase 3, a vacina é oferecida a uma grande quantidade de pessoas para avaliar a capacidade de proteção do produto.

A maioria das vacinas em estudo no Brasil estão na fase 3 de ensaios clínicos. As que ainda não estão, vão iniciar esses estudos em setembro.FonteCNN

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