A Justiça do Paraguai concedeu liberdade nesta segunda-feira a Ronaldinho Gaúcho, que estava em prisão domiciliar, e o ex-jogador da seleção brasileira poderá retornar ao Brasil após cinco meses de privação da liberdade no país vizinho por tentar ingressar com um passaporte adulterado.
O juiz Gustavo Amarilla aceitou uma “suspensão condicional” das acusações contra o ex-jogador, concordando com solicitação apresentada pela procuradoria no início do mês.
“Fica suspensa a medida cautelar de prisão, não há mais nenhuma restrição ante a Justiça Paraguaia”, disse Amarilla ao finalizar a audiência realizada na sede do Poder Judiciário, em Assunção.
O irmão e empresário do jogador, Roberto de Assis Moreira, recebeu uma condenação em suspenso de 2 anos de prisão e terá de pagar 110 mil dólares, que serão destinados à compra de insumos sanitários e equipamentos de segurança para combater a Covid-19 nas prisões do país, disse o magistrado.
Ronaldinho, que foi pentacampeão mundial com a seleção brasileira em 2002, foi preso no dia 6 de março em Assunção com seu irmão após entrarem no Paraguai usando passaportes com conteúdo falso.
Os dois ficaram detidos em um quartel policial por 32 dias antes de receberem o benefício de prisão domiciliar, que foi cumprida em um hotel no centro de Assunção, após o pagamento de fiança no valor de 1,6 milhão de dólares.
O ex-jogador, que chegou à audiência vestindo camiseta preta com boina e máscara da mesma cor, se sentou em frente ao juiz junto de Assis e de sua equipe de advogados, e escutou a decisão do juiz de braços cruzados. Na sala também estavam o cônsul e o vice-cônsul do Brasil em Assunção.
Os promotores do caso disseram que não encontraram elementos que provem que Ronaldinho teve participação direta na obtenção dos documentos irregulares, mas foram mais severos com Assis, que, segundo eles, estava ciente do delito.
Os irmãos disseram ao juiz que irão fixar domicílio no Rio de Janeiro. No final da audiência, o magistrado disse que iria suspender as medidas contrárias a eles e lembrou que eles precisarão de licenças especiais para voltar ao país por conta da pandemia do coronavírus.
O juiz decidiu ainda que Assis precisará comparecer diante das autoridades judiciais brasileiras a cada quatro meses.Informações Reuters
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