O fato de a prefeitura confirmar o adiamento do Carnaval 2021 para meados de julho desagradou o presidente da Comissão Especial do Carnaval na Câmara Municipal de Salvador. Para o vereador Moisés Rocha (PT), a forma como a questão foi discutida pelo Executivo Municipal excluiu a participação de entidades tradicionais na festa momesca.
"Não dá para entender o motivo dessa reunião só ter sido feita com duas pessoas, com dois empresários. Eles não são mandachuvas da cidade nem da folia para definir qual será a data do Carnaval. Por que as demais entidades do Carnaval não foram ouvidas pela prefeitura?", questionou o vereador.
A crítica de Moisés Rocha se deve ao fato de que a decisão sobre o adiamento da folia de Momo, publicada com exclusividade pelo Portal M!, partiu de uma reunião virtual entre o prefeito ACM Neto (DEM), o presidente da Empresa Salvador de Turismo (Saltur), Isaac Edington, e os empresários do ramo carnavalesco Tinho Albuquerque e Aldo Benevides.
Um possível adiamento do Carnaval para o meio do ano que vem estava sendo discutido desde julho pelo prefeito ACM Neto. Em meio ao debate, oito representantes de entidades e associações ligadas à realização da folia assinaram uma carta à prefeitura sugerindo a programação da festa de 2021 para o intervalo entre os meses de julho e agosto.
Mesmo com o aval destes grupos, exposto na carta a que o Portal M! teve acesso, Moisés Rocha sugere que as associações não assinaram de forma espontânea. "Elas foram convidadas a assinar o documento e precisaram assinar, porque sabem que podem ter consequências futuras e podem ser chantageadas mais para frente", afirmou o vereador.
Foco na pandemia
O presidente da Comissão
Especial do Carnaval na Câmara Municipal também criticou a ideia de se
discutir a realização da folia de 2021 neste momento, em que Salvador
passa pela pandemia do novo coronavírus.
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