CNJ desdenha da economia dilacerada e do Tesouro contando tostões para pagar auxílio emergencial aos pobres
Ignorando a grave crise fiscal que o
Brasil enfrenta, em plena crise econômica provocada pela pandemia do
coronavírus, o ministro Dias Toffoli, presidente do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstrou mais uma
vez como o setor público brasileiro parece viver em outro mundo.
O ministro Toffoli determinou que todos
os tribunais regionais Federais e do Trabalho garantam a seus
magistrados a “conversão” em “abono pecuniário” de um terço de suas
férias de 60 dias, contado em dobro.
Isso significa que os magistrados
poderão transformar em dinheiro 20 dos 60 dias de suas férias anuais,
regalia muito criticada, mas com o detalhe de que o dinheiro contará em
dobro, equivalente a 40 dias.
Os magistrados beneficiados pela medida
já recebem, em sua quase totalidade, remuneração equivalente ao teto do
funcionalismo ou mais, isto é, a remuneração de ministro do STF.
A medida é adotada em um País com a
economia em frangalhos, o que soa como um insulto ao sofrimento de
trabalhadores desempregados ou sem emprego formal, e foi requerida pelas
associações de magistrados federais (Ajufe) e do Trabalho (Anamatra).
Fonte: Diário do Poder
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