Conheça a trajetória de Luiz Fux, ministro que assume principal posto do STF nesta quinta

 Na vida pessoal, o ministro é casado com Eliane Fux e é pai de Rodrigo e Marianna Fux
O carioca Luiz Fux, de 67 anos, assume o principal posto do Judiciário brasileiro após percorrer todas as instâncias da magistratura. Conhecido por passar em primeiro lugar em concursos, Fux foi promotor, juiz federal e ministro do STJ. Indicado para o STF pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2011, assumiu no lugar de Eros Grau. Ao ser sabatinado no Senado, Fux disse, em tom emocionado, que se preparou a vida inteira para ser ministro do Supremo

“Meu compromisso com a magistratura é não deixar que minha consciência adormeça diante dos valores da ética e responsabilidade social do magistrado. Porque o magistrado que assim age é o único capaz de ter um álibi perfeito para cometer injustiças”, disse. Na ocasião, ele também se posicionou contra a interferência política no Judiciário. “É absolutamente inconcebível a politização do Judiciário. O juiz não pode transmitir para suas decisões a sua ideologia política.”

No Supremo, Luiz Fux presidiu a Primeira Turma. No comando do TSE, liderou o processo eleitoral de 2018 — o que elegeu o presidente Jair Bolsonaro. Autor de mais de 20 obras sobre processo civil, é professor livre-docente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, onde ser formou em Direito em 1976, e tem doutorado. É integrante da Academia Brasileira de Filosofia e da Academia Brasileira de Letras Jurídicas. Em relação à Lava Jato, Fux tem se alinhado às posições defendidas pelos investigadores.

Em 2019, o ministro votou a favor da prisão após condenação em segunda instância, mas saiu derrotado. “Evidentemente, senhor presidente, os crimes que nós temos assistido e que são cobertos pela presunção de inocência não são crimes de pessoas humildes. Pessoas humildes não gostam de ficar devendo. Elas se preocupam em levantar o FGTS para pagar dívidas que tem ali na esquina”, disse na época. Ele também foi a favor de que os juízes pudessem determinar a condução coercitiva para o interrogatório de investigados.

Há nove dias do primeiro turno das eleições de 2018, Fux proibiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conceder entrevista. Ele também votou por rejeitar denúncia contra o então candidato à presidência da República Jair Bolsonaro pelo crime de racismo. Fux manteve, por quatro anos, liminares que garantiram o pagamento de auxílio-moradia a juízes — com custo total de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.Fonte Jovem Pan

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