Preso nesta terça-feira, dia 22, com um carro clonado no Centro do Rio e investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) por intermediar a venda de drogas, armas e explosivos vindas do Paraguai para a maior facção do tráfico no estado, Anthony David Schehtman, conhecido como El Gringo, também é alvo de processo por lesão corporal e violência doméstica contra a mulher. Na ação, aberta em novembro de 2019 no 5º Juizado de Violência Doméstica, a defesa de Schehtman pediu à Justiça que ele pudesse sair do estado, alegando "falta de manutenção para seu sustento no Brasil". A juíza Luciana Fiala de Siqueira Carvalho indeferiu o pedido.
Com nacionalidade americana, britânica e israelense, El Gringo foi preso em flagrante na Rua Frei Caneca por conduzir um veículo Mitsubishi branco clonado, modelo Eclipse Cross, de 2019. Ao verificar a documentação do veículo, os agentes constataram que o mesmo era falso e que o carro era clonado ou roubado. A polícia vai pedir a conversão da prisão em preventiva, bem como a quebra do sigilo telemático do celular de Schehtman.
Segundo o delegado Gustavo Rodrigues, titular da DRF, Anthony Schehtman estava no Brasil há cerca de 15 anos, baseado no Rio. De acordo com as investigações, ele era fornecedor da Rocinha, do Morro do Turano, no Rio Comprido, do Borel, na Tijuca, e do Jardim Catarina, em São Gonçalo.
— Ele era responsável por contatar grandes matutos, ou seja, grandes comerciantes de drogas, que importam essas drogas para o Brasil na fronteira. Viabilizava esse frete da droga até o Rio de Janeiro, onde ele comercializava com essa facção — afirmou o delegado.
Gravações de escutas telefônicas, divulgadas pelo "RJ2", da TV Globo, revelam a forma violenta como El Gringo negociava: “Faz seu trabalho, seu idiota, seu incapaz, seu ‘mentirosa’. ‘Sua entrega’ ou ‘ser mandado’ ou você sabe o que acontece com você lá na fronteira. Eu vou deixar esse recado uma vez só. Seu idiota, agora obedece”, diz o criminoso em uma escuta telefônica.
Em fotos divulgadas nas redes sociais, Anthony aparece segurando uma metralhadora. Segundo as investigações, os explosivos vendidos por Anthony eram utilizados para ataques a bancos no Rio.
A polícia também teve acesso a mensagens que mostram a rota do contrabando de armas, drogas e explosivos: Capitán Bado, no Paraguai; Amanbai e Dourados, em Mato Grosso do Sul; e Rio.
Fonte:Extra
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