Brasileira de 44 anos foi uma das vítimas de atentado terrorista em Nice

 

Perfil de Simone Barreto Silva em uma rede social
Perfil de Simone Barreto Silva em uma rede social

BRASÍLIA — Uma das vítimas do atentado terrorista na Basílica de Notre-Dame, no centro de Nice, nesta quinta-feira era a brasileira Simone Barreto Silva, nascida em Salvador, informou o Itamaraty. Segundo o governo francês, ela tinha 44 anos.

Simone foi ferida a faca e morreu num restaurante quase em frente à catedral, onde se refugiu após ser ferida, informou a RFI. Ela estava na França há cerca de 30 anos e deixou três filhos.

Brahim Jelloule, um dos donos do restaurante l’Unik, falou à TV France Info do socorro prestado à vítima:

— Ela atravessou a rua, toda ensanguentada, e meu irmão e um dos nossos funcionários a resgataram, a colocaram no interior do restaurante, sem entender nada. Ela dizia que havia um homem armado dentro da igreja — disse.

Polícia francesa isola entrada da Basílica de Notre Dame, em Nice, onde três pessoas foram mortas em um atentado a faca
Polícia francesa isola entrada da Basílica de Notre Dame, em Nice, onde três pessoas foram mortas em um atentado a faca Foto: Valery Hache/AFP

O atentado ocorreu às 9h da França (6h da manhã em Brasília). Homem invade missa na Basílica de Nice, na França, e mata três pessoas a facadas

O governo brasileiro lançou uma nota em que "deplora e condena veementemente o atroz atentado" de Simone e também afirmou repudiar "toda e qualquer forma de terrorismo, independentemente de sua motivação". O Itamaraty disse estar prestando assistência à família da vítima.

Simone Barreto Silva nasceu no Lobato, na Cidade Baixa de Salvador, tinha formação de cozinheira e atualmente trabalhava como cuidadora de idosos, informou a RFI. Ela tinha nacionalidade francesa.

Segundo membros da Ala Mulheres na Resistência da Lavagem da Madeleine, evento cultural brasileiro que acontece há 19 anos em Paris, Simone e suas irmãs “participaram da Ala em 2019 e não vieram este ano por causa da Covid-19”. Ela teria vindo a Paris em 2019 com uma filha ainda bebê.

A RFI também informou que Simone era agitadora cultural em Nice e teria organizado, com suas irmãs e primas, a Festa de Iemanjá de Nice.

Segundo os investigadores da Procuradoria Antiterrorismo, o agressor — depois identificado como Brahim Aouissaoui, um jovem de 21 anos de nacionalidade tunisiana — foi baleado por policiais ainda dentro da igreja e levado para um hospital, onde está sob custódia em estado grave. De acordo com o prefeito da cidade, Christian Estrosi, ele gritou “Allahu Akbar” (Deus é grande) diversas vezes antes de ser preso.

O ataque levou a França a elevar o estado de alerta a seu nível máximo. O presidente Emmanuel Macron anunciou novas medidas antiterror, com o deslocamento de milhares de soldados para aumentar a segurança de centros religiosos e escolas pelo país. Macron, que expressou seu apoio à comunidade católica, viajou para Nice horas após o ato criminoso

 

Fonte:Extra

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