A força-tarefa da Polícia Civil criada para combater o crime organizado na Baixada Fluminense e impedir a influência de grupos de milicianos na região realiza nesta sexta-feira uma megaoperação em Comendador Soares, Nova Iguaçu, contra o braço financeiro do grupo paramilitar chefiado por Wellington da Silva Braga, o Ecko. A ação, que teve a colaboração do Disque Denúncia, tem como objetivo asfixiar as fontes de renda e interromper comércios e serviços ilegais, que geram lucro para a organização criminosa. Ao todo, 18 suspeitos foram presos. Na noite desta quinta-feira, um confronto entre milicianos e agentes da força-tarefa em Itaguaí, na Região Metropolitana,resultou na morte de 12 suspeitos.
Força-tarefa no Rio:
A polícia também fechou um minishopping de roupas falsificadas; uma farmácia que vendia medicamentos de uso controlado sem autorização da Anvisa; um depósito de gás; duas empresas de distribuição de sinal falsificado de internet e TV e um restaurante onde eram comercializadas cestas básicas. Neste último, o responsável também foi preso em flagrante por corrupção ativa após oferecer dinheiro para subornar policiais.
Todo o material apreendido será levado para a Cidade da Polícia. Entre os crimes investigados, estão exploração de atividades ilegais controladas pela milícia; cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia; instalações de centrais clandestinas de TV a cabo (gatonet); armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água; parcelamento irregular de solo urbano; exploração e construções irregulares e outros crimes ambientais; comercialização de produtos falsificados; contrabando; descaminho; transporte alternativo irregular; estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro.
É a segunda ação da força-tarefa esta semana em Nova Iguaçu. Na quarta-feira, um integrante do grupo tático da milícia local, responsável por ações diretas de combate, foi preso. Na operação, também foram apreendidos cinco pistolas, munição, carregadores, fardas, coletes balísticos, equipamentos de comunicação, vergalhões para furar pneus e três carros. Cinco suspeitos foram mortos durante uma operação da Secretaria de Inteligência (Ssinte) no KM-32. A ação tinha como objetivo prender milicianos que estariam em uma reunião no local. Entre eles, Danilo Dias Lima, o Tandera, que é braço direito de Ecko, e é chefe de um grupo paramilitar que tua em Nova Iguaçu.
Somente este mês, dois candidatos a vereador em Nova Iguaçu foram assassinados. Mauro Miranda da Rocha (PTN) foi assassinado no dia 1º em uma padaria. No sábado, Domingos Barbosa Cabral (DEM), também foi morto a tiros no município.
A operação desta sexta conta com as equipes dos departamentos de Polícia Especializada da capital e da Baixada Fluminense; da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco); e da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
O trabalho de inteligência também contou com investigações da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD); da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM); da Delegacia do Consumidor (Decon); da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA); da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) e da Divisão de Capturas da Polícia Interestadual (DC-Polinter).Fonte:Extra
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