A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) revelou a identidade de um dos quatro homens que teriam executado Fernando Iggnácio, genro e herdeiro do contraventor Castor de Andrade. Ele é o cabo da Polícia Militar Rodrigo da Silva das Neves e se encontra foragido e estaria envolvido em dois casos de Lei Maria da Penha.
Em entrevista coletiva realizada na tarde desta quarta-feira, os investigadores mostraram as quatro armas que teriam sido apreendidas no apartamento ligado ao PM, num condomínio em Campo Grande. Exames de confronto de balística constataram que duas delas, um fuzil FAL e um AK-47, foram usadas no assassinato de Iggnácio. O homicídio ocorreu no último dia 10, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O titular da DH, Moysés Santana, explicou que não descarta nenhuma linha de investigação, mas não há provas da participação do grupo criminoso conhecido como Escritório do Crime.
— O policial militar é lotado no 5º BPM ( Praça da Harmonia). Paralelamente à espera da perícia das armas, aguardamos exames da papiloscopia no armamento para identificar os outros autores por meio das digitais — explicou Moysés.
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O secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, também presente na coletiva, disse que, assim que descobriram sobre a possibilidade de o PM Neves ter participadodo crime, a corporação foi avisada.
— a Corregedoria da PM está nos auxiliando, inclusive houve a revista no armário do policial — disse o secretário de Polícia Civil.
Além do fuzil FAL e do Ak-47mais duas armas estão sendo analisadas: outro Ak-47 e um Ar-15. Como o FAL, o armamento tinha camuflagem presa na sua ponta, justamente para não ser visto em área de mata. No terreno baldio onde os criminosos aguardavam o contraventor, havia uma densa vegetação.
Após voltar de Angra dos Reis, na Costa Verde, de helicóptero, Iggnácio foi atingido por vários tiros na cabeça numa emboscada, no momento em que caminhava em direção ao carro, ao lado da empresa Heli-Rio.
Fonte:Extra o Globo
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