Terceiro PM envolvido na chacina de Costa Barros é condenado há 52 anos pela Justiça

 

Carro onde estavam os cinco jovens assassinados por PMs, em Costa Barros
Carro onde estavam os cinco jovens assassinados por PMs, em Costa Barros Foto: Fabiano Rocha / Extra

A Justiça condenou o terceiro policial envolvido na morte de cinco jovens em Costa Barros, na Zona Norte do Rio, em 2015, a 52 anos e seis meses de prisão. Conforme o "Bom Dia Rio", da TV Globo, o julgamento de Thiago Resende Viana Barbosa, que durou mais de dez horas, começou na tarde de quinta-feira, dia 12, e terminou na madrugada desta sexta-feira, dia 13.


Em 28 de novembro de 2015, os cinco amigos que estavam no carro alvejado pelos PMs eram Wilton Esteves Domingos Júnior, de 20 anos; Carlos Eduardo Silva de Souza, de 16 anos; Wesley Castro Rodrigues, de 25 anos; Roberto Silva de Souza, de 16 anos, e Cleiton Corrêa de Souza, de 18 anos. Na noite do crime, eles voltavam do Parque Madureira, onde foram comemorar o primeiro salário de Roberto como Jovem Aprendiz.


Os quatro policiais envolvidos estavam em uma viatura e disparam mais de 111 tiros tiros contra o carro, muitos deles de fuzil. O veículo dos jovens foi fuzilado quando passava pela Estrada João Paulo. Os policiais chegaram a dizer que trocaram tiros com os jovens, mas a perícia descartou a versão dos agentes. Não havia indícios de disparos feitos do interior do carro fuzilado.

A perícia apontou 80 perfurações no veículo. Um defensor público afirmou que 40 tiros atingiram as vítimas, sendo a maioria pelas costas. Os PMs foram presos no dia seguinte ao crime. Meses depois, foram soltos por conta de uma liminar do Superior Tribunal de Justiça. Mas, semanas depois, a pedido do Ministério Público estadual, voltaram à cadeia.


Em julho de 2016, Joselita de Souza, mãe de Roberto, morreu de tristeza após depressão profunda que resultou em pneumonia e anemia aos 44 anos.

Além de Thiago, outros três policiais foram julgados pelo caso. O sargento Marcio Darcy dos Santos e o soldado Antônio Carlos Gonçalves Filho também foram condenados ao mesmo tempo de prisão. Já Fábio Pizza Oliveira da Silva foi absolvido.

 

Fonte:Extra

Postar um comentário

0 Comentários