Ao lado da capela onde o corpo de Railan Santos da Silva, de sete anos, estava sendo velado no Cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador, na tarde desta segunda (9/11), outra cerimônia também chamou a atenção: a de Jamile Araújo da Conceição, 37 anos.
Vizinha da criança que morreu baleada durante uma operação da Polícia Militar no bairro do Curuzu, Jamile acreditou que a vítima era seu filho e acabou tendo um infarto. Assim como o menino, que assistia a uma partida de futebol, ela também não resistiu na manhã de domingo (8/11).
Várias crianças da localidade acompanhavam o jogo, na Rua Nelson Maleiro, entre elas o filho de Jamile e Railan. Moradores relataram à TV Aratu que policiais militares, lotados na 37ª Companhia Independente (CIPM/Liberdade), chegaram ao local atirando.
Jamile, ao saber da confusão no evento, apresentou o problema cardíaco. Ela chegou a ser levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Avenida San Martin, mas não resistiu. O filho dela não foi atingido pelos disparos.
VERSÃO OFICIAL
Em nota, a PM relatou que, por volta das 10h40, equipes da 37ª CIPM realizavam rondas na Rua dos Frades, sendo que na avenida principal estava havendo uma partida de futebol.
Os populares levantaram a rede usada como alambrado para as viaturas passarem e, naquele momento, diversos suspeitos dispararam contra a guarnição, enquanto fugiam no sentido contrário ao da concentração de pessoas.
A guarnição sustentou que "populares relataram que dois indivíduos em uma moto fizeram os disparos" que atingiram a criança. Os agentes envolvidos na ocorrência foram ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa para registrar o caso.
Fonte:AratuON
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