A ex-chefe do Ministério Público Ediene Lousado, que foi afastada das funções junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), é suspeita de vazar informações sigilosas de Operação Leopoldo. Em denúncia assinada pela procuradora Lindôra Maria Araújo em 17 de novembro, que deu origem às medidas cumpridas nesta segunda-feira (14/12), Lousado fazia parte, ao lado de Maurício Barbosa, do “Núcleo de Defesa Social”.
O Ministério Público Federal (MPF) anexou na denúncia uma troca de mensagens entre a ex-chefe do MP e o joalheiro baiano Carlos Rodeiro, que já foi alvo de busca e apreensão em outra fase da Faroeste, no ano passado. Nas mensagens, enviadas por meio do Whatsapp em 9 de junho de 2019, o empresário pergunta sobre a viagem da promotora com a ex-procuradora geral da República, Raquel Dodge
Lousado responde que foi “ótima” e cita que Raquel “amou o presente”, finalizando a conversa com o envio de uma foto em que as duas aparecem usando colares semelhantes.
Dias depois, em 17 de junho, segundo denúncia do MPF, Ediene enviou uma mensagem a Carlos Rodeiro, perguntando se “aquela transferência vai dar certo hoje”, obtendo como resposta que ele mesmo faria a transação. A ex-chefe do MP-BA ainda disse ao amigo que “está contando com sua ajuda e que iria lhe reembolsar em breve”.
Carlos Rodeiro também foi citado na denúncia no MPF na parte em que trata das suspeitas sobre a ex-chefe de gabinete da SSP-BA e delegada Gabriela Macedo, apontada como a responsável pelo transporte de jóias. O empresário, que também foi alvo da Faroeste, é suspeito de auxiliar a ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Maria do Socorro Barreto Santiago, no crime de lavagem de dinheiro, por meio de notas frias entregues no momento da compra das mercadorias.
Informe Baiano
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