Número de policiais infectados pela Covid-19 na Bahia gera preocupação

 

Durante a pandemia do novo coronavírus, o alto número de policias civis e militares infectados pela doença preocupa a cúpula de segurança pública da Bahia.

fez um levantamento dos números de servidores que contraíram a doença, a quantidade óbitos e as medidas adotadas pelas corporações, visando a não disseminar a doença.

De acordo com a Polícia Militar, foram confirmados 3.340 casos na Bahia, 52 óbitos, sendo 14 policiais da ativa, 18 da reserva e 20 reformados. Já a Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra/Bahia) informou ao  que houve 2.859 PMs infectados, além de 41 mortos. Números divergentes.A Polícia Civil também foi procurada pelo . A mesma informou que desde o inicio da pandemia, 549 policias foram contaminados, sendo que 486 estão recuperados. Houve 6 óbitos e 63 policiais civis estão em recuperação.

O último boletim divulgado pelo Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (SINDPOC) em 17 de agosto contabiliza 495 policiais infectados e seis óbitos.  tentou obter números atualizados, mas não obteve retorno.

Prevenções e descasos

Segundo a PM informou ao , os policiais foram orientados a adotar cuidados básicos de higiene. Durante o radiopatrulhamento o policial deve abrir os vidros das viaturas; higienizar os equipamentos de proteção individual; manter a distância mínima de um metro das pessoas; ao realizar abordagens que necessitem contato físico, assim que possível lavar a mão e evitar tocar no rosto.

Foto: Divulgação/PM-BA

Além disso, o Departamento de Apoio Logístico da PM (DAL) adquiriu 60 mil máscaras de tecido para todos os integrantes da tropa. Com a compra, cada policial militar tem que receber duas máscaras de algodão padronizadas para desempenhar a atividade policial militar. O material será distribuído nos próximos dias aos comandos regionais.

O Soldado Marco Prisco, que é o coordenador geral da Aspra, informou que não houve nenhuma atitude significativa tomada pelo Governo para que pudesse diminuir o número de casos. “Só foram distribuídas máscaras em desacordo com a legislação e apenas uma. São máscaras de péssima qualidade, de pano, e apenas uma, embora a OMS afirme da necessidade de troca de 4 em 4 horas”, falou.

O coordenador ainda chegou a falar como os casos de coronavírus entre os policiais chega a prejudicar toda uma corporação. “Afeta em muito. Os que trabalham já vendo os colegas infectados percebem que o Estado não oferece condições necessárias para o trabalho. Isso provoca uma série de danos, tanto causados pela infecção, também psíquicos. Os policiais estão na linha de frente tal igual aos profissionais da saúde”, afirmou Prisco.

Já a Polícia Civil informou que entre as medidas de prevenção da doença nas unidades, foram adquiridos mais de 300 mil itens, oriundos de recursos próprios e doações, que vão desde EPIs, até materiais de higiene pessoal e limpeza, distribuídos regularmente.

Foto: Alberto Maraux

Também foi informado que é realizada a desinfecção de delegacias e viaturas, na capital e interior do estado, por meio de recursos próprios e parcerias com as pastas municipais de saúde.

A vice-presidente Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOC), Ana Carla Souza, informou ao VN que é impossível que o número de policiais infectados desde que começou a pandemia seja apenas de 549 servidores, como foi informado pela Polícia Civil. O sindicato, porém, não apresenta um número atualizado.

“A entidade sindical vem cobrando medidas mais energéticas do Delegado Geral da Polícia Civil, Bernadino Brito e da própria SSP sobre as condições de trabalho e as condições estruturais das delegacias territoriais no estado. Com a pandemia da COVID-19, as condições precárias de trabalho para os servidores só chamaram atenção da imprensa e da população que os locais são focos de proliferação para o vírus”, disse.

Ana Carla ainda informou que não existe testagem para a COVID-19 regularmente para todos os servidores da polícia civil.

Fonte:Varela Noticias

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