O suspeito que acabou morto e outros três que foram presos na manhã desta segunda-feira, dia 14, numa ação conjunta das polícias Civil e Rodoviária Federal na Rodovia Washington Luiz fazem parte de uma quadrilha especializada em roubo de carga e centros de distribuição de mercadorias. De acordo com o delegado responsável pelo caso, os criminosos são também investigados pela morte de um policial militar há cerca de quinze dias, no domingo de segundo turno das eleições municipais.
No último dia 29, o soldado Paulo Roberto dos Santos Ferreira Junior, de 36 anos, foi baleado durante uma abordagem a um veículo suspeito de roubo de carga. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital municipal Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, mas não resistiu aos ferimentos. Um segundo agente também foi atingido, no braço.
Na ação desta segunda, um homem foi preso e outro ficou ferido depois de entrarem em confronto com equipes das policias Civil e Rodoviária Federal na altura do Km 119 da BR-040. O helicóptero da PRF foi acionado e pousou na via, que ficou interditada totalmente por 17 minutos.
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Os
dois suspeitos estavam em uma van, que segundo a investigação, seria
utilizada no transportes das mercadorias roubadas. Na ação, o veículo
acabou batendo em um carro que passava pela via, mas os ocupantes não se
feriram. A van foi roubada no último dia 24, na Avenida Brasil, na
altura de Manguinhos.
De acordo com o delegado Vinicius Domingos,
titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), uma
testemunha viu que os dois homens estavam armados com revólveres:
— Mas eles normalmente atuam com escolta de carro com fuzil. A van só transporta a mercadoria, faz o transbordo. Nós não sabemos se eles iriam assaltar o centro de distribuição ou se iriam esperar sair parte da carga. Conseguimos detectar a van, mas não conseguimos identificar o carro de apoio — explica.
Outros dois integrantes da quadrilha foram presos quando acompanhavam um caminhão de carga na Rodovia Presidente Dutra. Com eles, foram apreendidos equipamentos e ferramentas típicas para desbloqueio de caminhões.
— Como sabíamos que eles iriam atuar hoje, colocamos viaturas da DRFC em outras vias. Na Via Dutra, os policiais foram alertados por agentes de folga que uma moto estava acompanhando um caminhão de carga. A moto foi abordada, e os suspeitos estavam com ferramentas que condizem com a prática, e um deles reconheceu que eles fazem isso de duas a três vezes por semana. Disseram que eles não assaltam, só monitoram e avisam a quadrilha, que rouba a carga — explica o delegado.
A ação faz parte de uma força-tarefa que envolve sete delegacias especializadas e de bairro da Polícia Civil em conjunto com a PRF, para prender uma quadrilha especializada em roubo de carga e assaltos a centros de distribuição. O principal alvo dos criminosos, que atuam em bandos de até 30 pessoas, são aparelhos eletrônicos como celulares, notebooks e tablets que, segundo as investigações, já estão escoando para outros estados.
— A mercadoria roubada vai para o Parque União e de lá é pulverizada até para outros estados, como São Paulo. É a maior quadrilha de roubo de carga. Não em quantidade de roubos, mas em aparato, armamento bélico, violência
Fonte:Extra
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