Vacina contra Covid-19 que for certificada pela Anvisa será ofertada a todos, diz Bolsonaro

 

Presidente Jair Bolsonaro pressiona por volta às aulas presenciais
Presidente Jair Bolsonaro pressiona por volta às aulas presenciais Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que qualquer vacina que receber o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será ofertada a todos os brasileiros de graça, e disse que não faltarão recursos para a imunização da população.

"Em havendo certificação da ANVISA (orientações científicas e os preceitos legais) o governo brasileiro ofertará a vacina a toda a população de forma gratuita e não obrigatória. Segundo o Ministério da Economia não faltarão recursos para que todos sejam atendidos. Saúde e Economia de mãos dadas pela vida", disse ele, no Twitter.

Na postagem, Bolsonaro aparece em uma fotografia ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes.

O governo federal tem sido pressionado pelo governo de São Paulo, administrado pelo desafeto João Doria (PSDB), a comprar a CoronaVac, vacina da chinesa Sinovac que está sendo elaborada no país pelo Instituto Butantan. Bolsonaro chegou publicamente a duvidar da eficácia da CoronaVac, e vetou um acordo do Ministério da Saúde com o Butantan. O governo federal tem trabalhado com a vacina da AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.

O anúncio do presidente ocorre no mesmo dia em que o governo de São Paulo informou que começará a imunizar a população do estado contra a Covid-19 em 25 de janeiro, dia do aniversário da capital. Os primeiros a receber doses da CoronaVac (vacina do laboratório chinês Sinovac que será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista) serão profissionais de saúde e pessoas com mais de 60 anos (77% das mortes por Covid-19 no estado foram nessa faixa etária), além de indígenas e quilombolas.

O governo federal, por sua vez, só fechou acordo, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para adquirir a vacina produzida pela farmacêutica britânica AstraZeneca e pela universidade de Oxford. A vacina da Pfizer, que começa a ser aplicada nesta terça-feira no Reino Unido, foi a princípio descartada pelo governo federal por precisar ser armazenada a -75°C.

Esperado desde a semana passada, o Plano Nacional de Imunização (PNI) ainda não foi divulgado. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, vai se reunir com governadores nesta terça pela manhã para discutir sobre a incorporação de novas alternativas de vacina contra Covid-19 e alinhar as estratégias de vacinação nos estados.

A CoronaVac ainda está em fase final de testes. A expectativa do governo paulista é enviar a documentação final com os resultados da eficácia do medicamento para análise da Anvisa até semana que vem. Se a vacina for aprovada pela agência, como espera o governo paulista, a imunização pode começar imediatamente.

Bolsonaro já manifestou publicamente ter reservas quanto à vacina adotada pelo governo Doria, seu desafeto, e também com relação aos imunizantes em geral. Por ter contraído o novo coronavírus, em julho, ele disse recentemente que não tomará vacina contra a doença

 

Fonte;Extra O Globo

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