A implantação de 42 projetos relacionados à produção de minério de ferro só depende do avanço dos dormentes da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), considerada decisiva para a expansão do setor de mineração na Bahia.
O maior deles é o da empresa Bamin, com projeção de transportar 60 milhões de toneladas, por ano, de Caetité, no Sudoeste, até o Porto-Sul, em Ilhéus, conforme o projeto original.
Além dos projetos em território baiano, conforme as pesquisas avancem em Minas Gerais, a ferrovia vai carregar minérios do estado vizinho, e no extremo-oposto, buscar a produção de negócios agrícolas do Oeste baiano, como algodão, soja e milho.
- A demanda por minério de ferro está tão alta que estamos vendo a Bamin enviar uma produção em pequena escala para o Espírito Santo e a Brazil Iron escoar por caminhão até o porto de Enseada, perto de Salvador. Mas são rotas caras e pouco eficientes. Precisamos de uma solução definitiva, que virá com a Fiol, afirmou o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, Antônio Carlos Tramm.
As obras para a conclusão do trecho 1 da Fiol, de Caetité a Ilhéus, começam após licitação do Governo Federal para escolha da empreiteira responsável por tocar o projeto em leilão programado para o primeiro trimestre deste ano.
Terceira maior produtora de cobre do País, a Bahia também tem motivos para otimismo com o minério, produzido no Vale do Curaçá, região perto de Juazeiro, pela Mineração Caraíba. A empresa pretende aumentar em 10% a produção do minério a partir deste ano, graças a investimentos de R$ 58 milhões na reabertura da mina de Surubim, fechada desde 2015, mas capaz de reabrir 250 novos postos de trabalho.
a Tarde
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