Cada colete custou entre R$ 9,1 mil e R$ 9,6 mil: variação se deu por causa do tamanho Cada colete custou entre R$ 9,1 mil e R$ 9,6 mil: variação se deu por causa do tamanho Foto: Polícia civil do estado do Rio de Janeiro/Divulgação André Coelho e Rafael Nascimento de Souza Tamanho do texto A A A A Polícia Civil reforçou o equipamento para seus agentes com a compra de dois mil coletes à prova de balas, em novembro do ano passado, que têm a capacidade de resistir a tiros de fuzil. O montante adquirido é para apenas 25% do efetivo — cerca de nove mil homens. Num primeiro momento, eles beneficiarão policiais lotados em delegacias especializadas, grupos operacionais de delegacias distritais e na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). O material deverá chegar em março, e custou aos cofres públicos R$ 19,6 milhões. Extra oferta Casa Própria Com alguns coletes vencidos há pelo menos cinco anos, policiais civis e o Sindicado dos Policiais Civis do Rio (SindPol) já vinham requisitando a troca deles há algum tempo. Uma ação judicial contra a Secretaria estadual de Polícia Civil, para que ela atualizasse todo o equipamento de proteção, corre na Justiça do Rio. LEIA TAMBÉM: Polícia Civil investiga morte de jovem de 19 anos a facadas em Caxias Polícia Civil apreende fuzil em ação em Santa Teresa De acordo com a delegada Valéria de Aragão Sádio, subsecretária de Gestão Administrativa da Polícia Civil, desde 2019 uma comissão vem se reunido para traçar estratégias para a compra dos coletes. O objetivo, segundo ela, era “escolher um material adequado para a realidade do Rio de Janeiro”, já que “a criminalidade usa diversos tipos de munições”. — São os primeiros dois mil (coletes). Logicamente, estamos pensando na compra de mais — afirma Valéria. Cada colete custou ao estado entre R$ 9,1 mil e R$ 9,6 mil. Essa variação se deu por causa do tamanho: segundo a Civil, foram adquiridas medidas P (mil unidades), M (700) e G (300). Foi exigido que esses coletes seguissem alguns critérios, como ter certificação internacional, proteção para disparos de fuzis e placas de metal para dar proteção na frente, no dorso e nas laterais. O material adquirido é o de nível III, considerado o mais seguro. — Temos uma criminalidade que utiliza diversos tipos de munição, inclusive de fuzil. Então, foi necessário pensar em um colete adequado para que o policial tenha a sua disposição uma proteção que preservasse a sua vida e a sua integridade física — explicou a subsecretária, que acrescentou: — Buscamos no mercado nacional (o produto), e havia coletes disponíveis com certificação internacional atendendo às especificidades pedidas. No ano passado, fizemos um processo licitatório. No mês de dezembro, houve um pregão eletrônico, e algumas empresas participaram. Por serem três tamanhos (P, M e G), duas empresas foram as vencedoras. As duas tem a mesma qualidade de material, e o preço licitatório foi chancelado pelos órgão reguladores. O contrato foi assinado no mês de dezembro, e esses coletes chegarão 90 dias após essa assinatura. A subsecretária salienta que “no Brasil nenhum órgão militar ou policial adquiriu material com tais inovações tecnológicas e com nível de proteção balística”. Apenas duas empresas participaram da licitação. E foram as duas que ganharam os leilões: a Inbraterrestre Indústria e Comércio de Materiais de Segurança LTDA, vencedora do Lote 1 (P), cujo valor de lance final foi de R$ 9,1 mil por colete; e Glacio do Brasil LTDA, vencedora dos lotes 2 e 3 (M e G), cujo valor final foi de R$ 9,6 mil por colete. As disputas nos pregões aconteceram nos dias 12 e 24 de novembro do ano passado. No dia seguinte, 25 de novembro, o governo do Estado do Rio fez a homologação e empenhou R$ 19.652.500 para a compra. Dois dias depois, no dia 27, a informação da aquisição dos equipamentos saiu no Diário Oficial do Estado. Entretanto, as empresas só receberão do dinheiro quando entregarem os produtos. Suor deixa o material mais danificado Pedindo para não ser identificado, o delegado de uma especializada conta que desde 2018 os coletes de sua equipe estão vencidos. O policial garante que não deixou de comandar operações, mas afirma que a situação o deixa com medo: — Nos causa um temor, porque entramos em locais conflagrados. É um equipamento importantíssimo para nós. Segundo o especialista em armas Vinícius Cavalcante, “o fato de estar vencido não significa que o colete está imprestável”. No entanto, ele alerta que “a situação dos policiais civis é diferente” e que o colete vencido deve ser trocado o quanto antes: — O problema é que a fibra absorve umidade e vai causando problemas no equipamento. A umidade é um problema. Ação movida por sindicato Fábio Neira, presidente da Coligação dos Policiais Civis do Rio (ColPol) e presidente em exercício do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (SindPol), lembra que “essa compra de coletes é algo que originou de uma ação” das instituições que ele representa. Para Neira, é preciso que a Polícia Civil troque todos os coletes balísticos. — Parte dos nossos coletes está vencida. Movemos uma ação para a regularização da validade dos coletes, que tem que ser em sua totalidade e não em parte dela. Esse instrumento é considerado para a gente, depois da arma, o nosso principal equipamento de proteção individual (EPI) Hoje, no Rio, é indispensável o uso de colete em qualquer diligência. Não é só para operação. O colete é mais apropriado para operações, mas é necessário em todo momento — destaca. Perguntado se está de acordo com a estratégia da Polícia Civil em entregar, neste primeiro momento, as proteções apenas para delegacias especializadas, grupos operacionais de delegacias distritais e para a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), o presidente do ColPol e do SindPol conta que “não concorda com a escolha da entrega”, mas “é o que tem”: — Só tem esses, que não vão atender todo mundo. Esse é um critério da Polícia Civil. Colete tem que ser para todos. O melhor dos mundos, o certo, seria que todos tivessem o EPI. Mas, neste momento, é o que tem. Não vi o colete, mas o que tem chegado para a gente é que o material é de primeiro mundo, que ele é apropriado para o enfrentamento do cenário criminoso do Rio

 


Segundo Portal Serrolândia,  na noite deste domingo(17), após denúncia anônima, a Polícia Militar  acabou com uma festa dançante na zona rural do município de Serrolândia, na região de Jacobina.

Segundo a polícia, no local estavam aglomeradas cerca de 1.200 pessoas, desrespeitando as normas e decretos de saúde de combate à  COVID-19.

Os policiais flagraram centenas de pessoas completamente desprotegidas, sem uso de máscara, contrariando todas as normas da vigilância sanitária.

Os organizadores do evento vão responder por crime de infração de medida sanitária preventiva, com base nos  art. 268 do Código Penal, que versa acerca da infração de medida sanitária preventiva, nos seguintes termos; e Art. 268 – Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa: Pena – detenção, de um mês a um ano, e multa

Portal Serrolandia

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