Ele também foi pego de surpresa. Carlos Alberto de Oliveira Andrade, chairman do grupo Caoa e maior revendedor Ford do país, não esperava ver o anúncio: a montadora, com 102 anos de história no país, encerrar a fabricação dos carros (leia-se Ka e Ecosport), além do Troller no Brasil.
Diante do fato e da oportunidade, ficou no ar uma expectativa que tomou conta dos bastidores da indústria na semana passada. A Caoa, grupo que tentou acertar com a Ford Caminhões para assumir a finada fábrica do ABC em 2019, pode ser uma interessada no complexo industrial de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.
Segundo publicação do colunista Jorge Moraes do Uol, a possibilidade surge diante do fato e da oportunidade que tomou conta dos bastidores da indústria na semana passada, após encerramento das atividades da Ford no Brasil. De acordo com a publicação, Carlos Alberto poderia continuar com a história do Ka, por exemplo, mas pagando royalties por isso, porém, tendo à sua disposição um time de profissionais treinados, fornecedores tecnicamente prontos e uma fábrica moderna nas mãos. Isso tudo está no campo das suposições.
Ao Uol Carros, Carlos Alberto de Oliveira Andrade conversou sobre a chance disso tudo acontecer. "Sempre tenho interesse em novos negócios, mas é preciso analisar todo o processo porque não queremos desgastar a nossa imagem. E só iremos para frente se eu sentir muita segurança".
Caoa disse que precisa saber o que eles [Ford] querem vender e ainda reforçou: "o governo também precisa dar condições de trabalho". O chefe do grupo falou que tudo pode acontecer, pois considera bastante os incentivos fiscais do regime automotivo do Nordeste, prorrogado até 2025. Mas tudo, por enquanto, é uma hipótese.
O chairman da Caoa disse, ainda, lembrar que, no ano passado, a única empresa a anunciar investimentos na região foi a antiga FCA, hoje Stellantis, para os próximos cinco anos
Aratu On
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