Manaus recebeu, na madrugada deste sábado (16), uma carga de 70 mil metros cúbicos de oxigênio, vinda por meio de balsas da cidade de Belém. Segundo o Governo do Amazonas, a nova remessa deve garantir a "retomada do do equilíbrio do abastecimento da rede de saúde do estado para os próximos dias".
Ainda neste sábado, o avião que buscaria vacinas na Índia vai levar mais uma carga de oxigênio a Manaus.
O voo deve partir às 14h de Campinas, no interior de São Paulo. A
quantidade de insumo que será transportado ainda não foi informado.
Ainda neste sábado, o avião que buscaria vacinas na Índia vai levar mais uma carga de oxigênio a Manaus. O voo deve partir às 14h de Campinas, no interior de São Paulo. A quantidade de insumo que será transportado ainda não foi informado.
Com aumento recorde de internações por Covid-19, a rede hospitalar entrou em colapso
em Manaus: unidades ficaram superlotadas e, sem oxigênio, pacientes
morreram asfixiados. A demanda diária por oxigênio chegou a ser quase
três vezes maior do que os fornecedores locais conseguiam produzir. Na
quinta-feira (14), o déficit diário era de cerca de 48 mil metros cúbicos. O governo ainda não informou qual é a situação do consumo neste sábado.
Até esta sexta-feira (15), em todo o estado, mais de 6 mil pessoas morreram por complicações da Covid-19. Manaus voltou a bater o recorde diário de enterros, e registrou 213 sepultamentos apenas nesta sexta.
Fila por oxigênio
Uma fila enorme de familiares de doentes que precisam de oxigênio se formou nesta sexta-feira (15), em frente à White Martins em Manaus. A empresa é a principal fornecedora do produto na cidade.
Hospitais da capital amazonense não têm o gás, o que fez com que as pessoas tentassem, por conta própria, encher cilindros de oxigênio para ajudar parentes internados.
Muitas pessoas também buscam o produto por terem familiares, em casa, com outras doenças que dificultam a respiração.
Em Manaus, pessoas se aglomeram na tentativa de comprar cilindros de oxigênio
Recém-nascidos internados correm risco
O Ministério da Saúde informou, nesta sexta (15), que adquiriu cilindros de oxigênio que devem durar 48h para manter 61 bebês prematuros em leitos de UTIs em Manaus. Estados já haviam sinalizado oferta de leitos para receber bebês e grávidas que possam ficar sem oxigênio na capital.
De acordo com o Ministério da Saúde, a medida atende a uma solicitação do Governo do Amazonas para recém-nascidos que estavam no limite de oxigênio. A pasta informou, ainda, que busca mais balas de oxigênio para que os prematuros não precisem ser transferidos para outros estados.
O Governo Federal informou que irá prestar apoio em todo o processo logístico de remoção. Nesta quinta, a Justiça determinou que a União também realiza, imediatamente, a transferência de pacientes que podem morrer pela falta de oxigênio.
G1
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