Polícia do Rio explode esquema de instalação de kit gás da milícia

 Cilindros apreendidos: tinta amarela era usada em equipamentos tirados de carros roubados


A Polícia Civil apura se milicianos estão usando tinta amarela para pintar cilindros usados de kit gás e vendê-los como se fossem novos em oficinas clandestinas do munícípio do Rio e da Baixada Fluminense. A suspeita surgiu ontem, quando agentes fecharam sete estabelecimentos que, de acordo com uma investigação que durou quatro meses, eram controlados por paramilitares. Seis pessoas foram presas.

Oficinas clandestinas especializadas na instalação de equipamentos de Gás Natural Veicular (GNV) foram alvos de uma operação realizada pela Delegacia de Defraudações, que contou com o apoio do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) e do Procon. Os estabelecimentos, localizados em Campo Grande e Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, e em Nova Iguaçu e Duque de Caxias, na Baixada, vinham funcionando porque fiscais eram ameaçados quando as visitavam.

— Nas lojas que fechamos, faltavam licenças e cuidados necessários para a instalação dos kits. E encontramos muitos cilindros sem notas fiscais ou selos do Inmetro, entre outros problemas — disse a delegada Daniela Rebelo ao “RJ TV”, da Rede Globo.

Um dos estabelecimentos sequer tinha extintores de incêndio. Em outro, policiais encontraram um tonel com tinta amarela: investigadores suspeitam que ela era usada para dar cara nova a cilindros usados, muitas vezes retirados de veículos roubados.

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