A Polícia Civil do Rio prendeu um cantor de rap de classe média alta acusado de traficar drogas em shows e festas de músicas eletrônicas dentro e fora do estado. De acordo com as investigações, Diego da Silva Simões Filho, conhecido como Beto ou BigNato, de 24 anos, e sua companheira, Leidiane Vernes de Andrade Ferreira, de 19 anos, negociavam maconha, haxixe e drogas sintéticas, como LSD e ecstasy, também pelas redes sociais.
Em seu perfil no Instagram, o rapper possui cerca de quatro mil seguidores. Entre as postagens, estão anúncios de suas apresentações. Nas publicações, ele exibe ainda tatuagens e joias. Ele não fazia questão de esconder a atividade ilícita. Em uma das fotos, BigNato aparece com uma arma e a mensagem: "Paco de 100 na mochila, com a grana e com a droga".
Segundo o delegado Felipe Santoro, titular da 13ª DP (Ipanema), a quadrilha passou a ser monitorada a partir da prisão do alemão Andreas Michael Leyendecker, de 60 anos, acusado de chefiar o grupo responsável pela venda de drogas sintéticas na Zona Sul da cidade. Ele teria participado de pelo menos dois roubos a carros fortes na Alemanha, em 1990 e em 2005, tendo sido extraditado, julgado e condenado no país europeu e depois retornado ao Brasil.
O inquérito aponta que BigNato e Andreas, ao lado de outros criminosos, liderariam um esquema de tráfico internacional, que conta com a participação de estrangeiros que entram no Brasil com as drogas sintéticas a partir de países europeus.
O rapper e a companheira foram capturados na casa da jovem, em uma vila na Tijuca. No local, além de grande quantidade de drogas, foram encontrados material para embalar, balança, rádio transmissor e um réplica de pistola. De acordo com a delegada Natacha Alves de Oliveira, que responde pela 13ª DP, os dois foram indiciados por tráfico e associação para o tráfico.
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