O fazendeiro Nei Castelli, apontado como o mandante do assassinato de dois advogados em Goiânia (GO), também teria o nome envolvido na compra de decisões judiciais investigadas no âmbito da Operação Faroeste, que seria formado por membros do Tribunal de Justiça da Bahia (reveja aqui). De acordo com informações do Metrópoles, a investigação apura a venda de sentenças para legalização de terras no oeste da Bahia.
Os documentos relaciona o fazendeiro as supostas compras de decisões assinadas pela desembargadora do TJBA Lígia Maria Ramos Cunha Lima. Lígia Cunha está presa desde o último dia 14 de dezembro. A PGR identificou a atuação direta da desembargadora em quatro processo e tráfico de influência em outro. Pela atuação, a magistrada teria recebido R$ 950 mil.
Castelli é citado em dois desses processos, que tratam de uma disputa entre ele e a empresa Equatorial Transmissora S.A. sobre a construção de uma passagem de linha de transmissão na cidade baiana de Correntina. Neste local, ele tem um aeródromo.
Ainda segundo a publicação a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou que as negociações sobre as supostas compras dessas decisões foram feitas entre o advogado Arthur Barata e Ivanilton da Silva Júnior, filho do desembargador Ivanilton da Silva. Ambos também são alvos da Foroeste.
Em um dos processos, Lígia concedeu provisoriamente efeito suspensivo pleiteado por Castelli. A decisão foi proferida em julho de 2019, segundo a PGR, “a fim de atender o quantum pactuado por Arthur Barata e Ivanilton Júnior”.
Em nota ao Bahia Notícias, a defesa da desembargadora Lígia Ramos afirma que é errado sugerir que a decisão de 21.01.20, dando provimento ao agravo, esteja relacionada com uma suposta manobra judicial. "Não houve corrupção e a decisão contra o corruptor demonstra isso claramente", afirma.
Fonte:Bahia Notícias
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