Dias antes da partida, o técnico Rogerio Ceni havia dito que o confronto com o Bragantino era uma decisão. O Flamengo até tentou mostrar que entendeu o recado. Mas o futebol também é feito de detalhes. E uma das poucas falhas do Rubro-Negro tirou a chance da liderança temporária. Com o empate em 1 a 1, o time carioca pode ver o Internacional abrir quatro pontos se os gaúchos vencerem o Sport na quarta-feira, no Beira Rio.
Se isso acontecer, o Rubro-Negro não dependerá mais de si, mesmo tendo o confronto direto com o Internacional na penúltima rodada.
Desde o primeiro segundo de jogo, a estratégia de Ceni estava clara. Uma marcação ferrenha sobre o Bragantino, que garantiu contra-ataques e uma dezena de finalizações só no primeiro tempo.
O adversário, no entanto, não aceitou a postura do Flamengo tranquilamente. O time de Barbieri equilibrou a posse de bola com o Rubro-Negro e deu alguns sustos no goleiro Hugo, como no chute de longe de Artur, no primeiro tempo.
Apesar da bravura do Bragantino, o time não foi capaz de neutralizar totalmente o poder ofensivo do Flamengo. Mas nem sempre precisou. O Rubro-Negro pecou demais nas finalizações. Teve cabeçada para fora de Everton Ribeiro, chute torto de Arrascaeta, cruzamento por cima de Bruno Henrique.
O gol só saiu de pênalti. Gustavo Henrique teve a camisa puxada na área e a penalidade foi marcada após o VAR. Gabigol deslocou o goleiro Cleiton e abriu o placar.
Até então, o jogo parecia sob controle do Flamengo. Mas, se o coletivo ia bem, uma falha individual cobrou caro. Isla deixou a bola passar, o adversário foi até a linha de fundo e Ytalo escorou para o gol. Uma prova de que o Bragantino não briga por vaga na Libertadores à toa.
A maior qualidade do Flamengo não se converteu em gol apesar das inúmeras chances. Rogerio Ceni demorou a mexer na equipe. Só o fez nos minutos finais. Mais uma vez, o Rubro-Negro vê o título mais longe.
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