Representantes do Movimento Nacional de Luta por Moradia que ocupam, desde o dia 16, um terreno baldio localizado na rua Artêmio Castro Valente, ao lado do Colégio Papillon Nobre, no bairro de Canabrava, em Salvador, denunciaram que a polícia esteve no local nesta quarta-feira, 3, e ameaçou iniciar o processo de reintegração de posse.
Em denúncia realizada via Cidadão Repórter, um representante dos moradores informou que a polícia ordenou que todos saíssem em poucos minutos e ameaçou derrubar os barracos montados no local.
"Disseram que se quem está aqui não sair, vão passar com as máquinas e derrubar tudo e que já ligaram para as máquinas. Eles estão fazendo a maior agonia pedindo a reintegração de posse de terreno e pedindo para a gente sair", disse o representante.
A denúncia também informa que além dos carros da polícia, outras pessoas, que estão em 'carros comuns', também estão junto com os agentes pedindo a reintegração.
Incêndio
Dois incêndios atingiram o terreno baldio ocupado pelo Movimento Nacional de Luta por Moradia, um no dia 26 e outro no dia 31 de janeiro. Em ambas as ocasiões os ocupantes afirmam se tratar de uma ação premeditada para expulsá-los do local. Desde o início da ocupação, os ocupantes denunciam uma série de agressões e assédios para desalojá-los.
Segundo um representante do movimento, que não quis ser identificado, eles receberam o anúncio do processo de reintegração por "pessoas em um carro” que “mostraram armas como forma de ameaça".
Segundo a entidade, os ocupantes do terreno são pais e mães de família que, durante a pandemia do novo coronavírus, ficaram sem condições de pagar aluguel e ficaram desabrigados.
A tarde
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