Berlim suspende vacina AstraZeneca após nove mortes na Alemanha

 

As autoridades alemãs detectaram 31 casos de trombose em pessoas que receberam a vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca, das quais nove morreram, e o estado alemão de Berlim voltou a suspender a vacina para maiores de 60 anos.

O Instituto Paul-Ehrlich, centro de referência em vacinação na Alemanha, constatou que em 19 casos foi detectada uma deficiência de plaquetas no sangue, indicando que dos nove mortos apenas dois eram homens, com 36 e 57 anos, e todos os outros casos de trombose venosa sinusal surgiram em mulheres com idades entre os 20 e os 63 anos, de acordo com a peça da Der Spiegel.

Perante estes dados, o estado alemão de Berlim suspendeu de novo o uso da vacina com o produto da AstraZeneca para maiores de 60 anos, e Dilek Kalayci, principal responsável do departamento de saúde da região, explicou que se tratava de uma medida de precaução, antes de uma reunião de todos os 16 estados da Alemanha onde o tema será discutido.

Relatos de formas pouco comuns de coágulos sanguíneos na cabeça, conhecidos como trombose da veia sinusal, levaram vários países europeus a suspender temporariamente o uso da vacina da AstraZeneca, no início deste mês.

Após uma revisão do fármaco por parte de especialistas da Agência Europeia de Medicamentos, foi concluído que os benefícios da vacina superavam os riscos, embora tenha sido recomendado que médicos e pacientes deviam ser alertados para possíveis efeitos colaterais raros.

De acordo com o instituto de virologia Robert Koch, na Alemanha, um total de 2,7 milhões de pessoas já receberam doses dessa vacina.

Na Alemanha, 3.877.914 pessoas receberam as duas doses de qualquer vacina contra a covid-19, 4,7% da população, e 9.001.925 (10,8%), pelo menos uma.

Nas últimas 24 horas, 123.170 pessoas na Alemanha receberam a primeira dose da vacina e outras 44.522, a segunda.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.792.586 mortos no mundo, resultantes de mais de 127 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

AFP

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