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Polícia Civil do Rio de Janeiro procura pelo lutador de jiu-jitsu João
Antônio Vieira de Souza, de 40 anos, acusado de espancar até a morte um
morador em situação de rua identificado como Alexsander Costa de
Oliveira em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, em dezembro
do ano passado. Esta semana, a polícia concluiu que o homem é culpado e
está foragido, já a filha dele Jeniffer Soares, 22, vai cumprir medidas
cautelares por ter acobertado o crime.
Imagens do circuito interno de uma loja próxima onde aconteceu o
homicídio revelam que em pouco mais de um minuto o lutador desfere
diversos golpes contra a vítima. A filha do suspeito o acompanhava e
abandonou o local enquanto o homem era surrado.
Conforme apurado pelo site Extra com a 105ª DP, Alexsander
estaria drogado e alcoolizado no momento da agressão. A motivação seria
uma “intimidação” perto de Jeniffer e a amiga enquanto elas passavam
pela rua, segundo um motorista de ônibus que estava no momento e chegou a
acolher as meninas para que entrassem no transporte e fugir da
situação.
A amiga de Jeniffer, identificada como Lavínia, relatou ao motorista que
o homem estava “mexendo” com elas e disse que as mataria. Em seguida,
segundo a testemunha, Alexsander começou a desferir socos contra o vidro
da janela onde as meninas estavam sentadas. Após pedidos do motorista
para que parasse de fazer aquilo, o morador em situação de rua se
afastou.
A testemunha afirmou que Alexsander aparentava estar muito bêbado ou
drogado. As jovens seguiram viagem, mas, em determinado momento,
Jeniffer viu seu pai andando pela rua e pediu que o condutor parasse o
veículo.
Para a polícia, Jeniffer foi a responsável por apontar o morador em
situação de rua para o pai, assim como o instigou a agredir a vítima.
Além disso, ela é acusada de ter dado cobertura ao lutador enquanto as
agressões ocorriam, monitorando o local do crime.
Em seu relatório final, o delegado João Valentim Neto, titular da
Delegacia de Petrópolis, frisou que as ameaças de Alexsander contra
Jeniffer e a amiga eram “totalmente inofensivas e desprovidas de
seriedade, levadas a efeito em decorrência do uso excessivo do álcool”. O
delegado acrescenta ainda que o próprio motorista de ônibus afugentou a
vítima sem muito esforço e ressalta que o morador em situação de rua em
momento algum tocou nas jovens, praticou ou ameaçou praticar atos
libidinosos ou obscenos. João Valentim Neto ainda frisa, no relatório,
que por ser lutador, João Antonio tinha consciência da gravidade dos
golpes que aplicava na vítima, “e foi totalmente indiferente à vida
alheia”.
João Antonio teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e está
foragido. Já Jeniffer terá que cumprir algumas medidas cautelares, como a
proibição de ter contato com testemunhas do processo. O lutador e a
filha foram indiciados pela 105ª DP (Petrópolis) por homicídio
duplamente qualificado. Eles já foram denunciados pelo Ministério
Público estadual e viraram réus em processo na 1ª Vara Criminal de
Petrópolis.
Informações sobre o paradeiro de João Antonio podem ser repassadas ao
Disque-Denúncia, no telefone (21) 2253-1177 ou no WhatsApp (21)
98849-6099.
B.news
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