O diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse, nesta terça-feira (30/3), que "todas as hipóteses permanecem na mesa", ao se referir às quatro teorias que explicam a origem da Covid-19, citadas em um relatório feito por pesquisadores internacionais e chineses e publicado nesta semana. Ele disse que, apesar de os investigadores terem concluído que a tese de acidente em laboratório de Wuhan seja "extremamente improvável", mais estudos são necessários para melhor compreendê-la.
"A equipe [de investigadores da OMS e da China] visitou vários laboratórios em Wuhan e considerou a possibilidade de o vírus ter entrado na população humana como resultado de um incidente de laboratório. No entanto, não acredito que esta avaliação tenha sido extensa o suficiente. Mais dados e estudos serão necessários para chegar a conclusões mais robustas", disse Ghebreyesus, sugerindo que novas missões de especialistas à China podem ajudar a complementar a investigação inicial.
"Este relatório é um começo muito importante, mas não é o fim. Ainda não encontramos a fonte do vírus e devemos continuar a seguir a ciência e fazer tudo o que for possível enquanto investigamos. É claro que precisamos de mais pesquisas em uma série de áreas, o que implicará em mais visitas de campo", concluiu.
Na mesma ocasião, o chefe da OMS fez uma crítica velada à China, ao salientar a ausência de dados brutos sobre o início da pandemia de Covid-19, em Wuhan.
Aratu
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