No quadro Liberdade de Opinião desta segunda-feira (8), o jornalista Alexandre Garcia avaliou a presença de militares na alta gestão de estatais e no governo de Jair Bolsonaro.
“A própria população escolheu um capitão de artilharia, que estava há
29 anos na política, para ser presidente da República, com quase 58
milhões de votos. O militar não está em partido político, o partido dele
é o Brasil. Isso significa que o ministério, o órgão que o militar vai
comandar, não será uma caixa de partido política”, disse Garcia.
“[Porém], não é bom que um general da ativa esteja num cargo político no governo. Tanto que hoje não existe mais ministro do Exército, ministro da Aeronáutica. Foi lá no governo Fernando Henrique Cardoso que acabou isso. Passou a ser comandante do exército, estritamente militar. Então, é de todo desejável que não haja general da ativa em cargo político porque pode haver um desgaste. Sim, o general [Eduardo] Pazuello está fazendo um bom trabalho. (...) Mas seria bom que ele já estivesse na reserva. Eu diria, não tem motivos maiores, pode ter motivo financeiro, mas não é conveniente porque as Forças Armadas são instituições permanentes, de defesa da ordem, da Constituição e das instituições. Elas só não são neutras em relação à lei e ao país. Fora isso, na política, elas têm que ser neutras.”
O Liberdade de Opinião tem a participação de Alexandre Garcia e Sidney Rezende. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
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