Um homem matou oito pessoas a tiros e feriu outras seis em um prédio da empresa de entregas FedEx em Indianápolis, no estado de Indiana, no final da noite de quinta-feira (15).
O atirador se matou com um tiro assim que os agentes chegaram ao local. A polícia ainda não informou a identidade do assassino e o motivo do ataque.
Quatro pessoas foram hospitalizadas, uma delas com ferimentos graves, informou Genae Cook, porta-voz da polícia local. Outras duas pessoas foram medicadas no local e liberadas. "É uma tragédia, mas vamos superar isso com louvor", afirmou Cook.
Este é o sétimo ataque nos Estados Unidos em apenas um mês. Essa onda de violência já deixou mais de 40 mortos e dezenas de feridos e foi classificada pelo presidente americano, Joe Biden, como uma "epidemia" e "vergonha internacional" (veja mais abaixo).
VÍDEO: Polícia afirma que atirador se matou após ataque em Indianápolis, EUAO incidente ocorreu em um prédio da FedEx perto do Aeroporto Internacional de Indianápolis e a rodovia interestadual 70 chegou a ser interditada.
Um porta-voz da empresa disse que a companhia buscava informações com a polícia e que funcionários e familiares dos mortos e feridos foram levados para um hotel na região.
Onda de ataques nos EUA
As mortes em Indianápolis são o caso mais recente da onda de ataques com armas de fogo nos EUA. É o sétimo ataque desde 16 de março, que deixaram mais de 40 mortos e dezenas de feridos:
- 12 de abril — Tenesse: Quatro pessoas foram mortas em uma escola de ensino médio em Knoxville. Aluno foi baleado e morto após abrir fogo contra policiais, e um agente ficou ferido.
- 8 de abril — Carolina do Sul: Ex-jogador de futebol americano matou 5 pessoas a tiros e tirou a própria vida. Vítimas eram um médico, sua mulher, dois netos e um trabalhador da casa.
- 8 de abril — Texas: Uma pessoa foi morta após atirador abrir fogo em uma loja de móveis em Bryan. Criminoso era funcionário da empresa e foi preso após trocar tiros com policiais.
- 1º de abril — Califórnia: Tiroteio deixou quatro mortos e dois feridos em um prédio comercial ao sul de Los Angeles. Uma das vítimas era uma criança.
- 22 de março — Colorado: Atirador abriu fogo em um supermercado em Boulder e deixou 10 mortos mortos, inclusive um policial.
- 16 de março — Geórgia: Tiroteios em três casas de massagem na área de Atlanta deixaram oito mortos, a maioria mulheres asiáticas. Assassino foi preso enquanto viajava em direção à Flórida, onde planejava realizar uma ação semelhante.
Policiais isolam arredores de mercado em Boulder, no Colorado, após tiroteio em 22 de março nos EUA — Foto: David Zalubowski/AP
Biden tenta restringir acesso a armas
Na semana passada, Biden anunciou medidas para tentar controlar o que chamou de "epidemia de violência com armas de fogo" no país. O presidente americano quer dificultar o acesso às "armas fantasmas", que podem ser montadas em casa e não têm número de rastreio.
“A violência com armas de fogo neste país é uma epidemia. E é uma vergonha internacional", afirmou o presidente americano.
O controle das armas de fogo nos EUA é um tema que divide o país – ainda que há décadas os americanos convivam com massacres em escolas e espaços públicos.
Muitos dos defensores do porte de arma recorrem à Segunda Emenda da Constituição americana, que garante o direito de se ter uma arma.
Sempre que o governo tenta controlar o acesso a armamentos, grupos lobistas recorrem à Justiça para derrubar a decisão.
O presidente americano insistiu que as medidas apresentadas nesta quinta não infringem a Constituição americana, uma vez que falam sobre maior regulamentação da posse de armas.
"Nenhuma emenda da Constituição é absoluta", afirmou Biden ao anunciar as medidas.
G1
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