Nesta segunda-feira (12), o Brasil voltou a registrar a maior média móvel de mortes de toda a pandemia da Covid-19. Com 1.480 mortes confirmadas nas últimas 24 horas, a média móvel subiu para 3.124 mortes por causa do novo coronavírus.
O recorde anterior havia sido antes do feriado da Páscoa, em 1º de abril, quando a média móvel estava em 3.117 vítimas diárias. A média móvel é calculada com a soma e divisão por sete dos registros dos sete dias anteriores e é utilizada para entender a evolução da doença independentemente de oscilações diárias, relacionadas com a rotina de trabalho das secretarias estaduais e municipais.
Com a atualização, divulgada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o país chega a 13.517.808 casos e 354.617 mortes causadas pela doença. Foram 35.785 novos casos confirmados nesta segunda-feira.
Desde o início da pandemia, o estado de São Paulo lidera como o estado com maior número de casos e mortes da doença. Já são mais de 83 mil vítimas da doença, além de mais de 2 milhões de contaminados.
Os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Bahia são os que apresentam, respectivamente, situação mais crítica no índice de Covid-19, após São Paulo.
Ainda de acordo com o Conass, a taxa de letalidade no país está agora em 2,6%. Já a taxa de mortalidade é de 168,7 para cada 100.000 habitantes.
Em abril, o Brasil já ultrapassou a marca de 4.000 óbitos por dia. Segundo dados da plataforma Our World in Data, associada à Universidade de Oxford, apenas dois outros países já tiveram mais de 4.000 vítimas da doença em um só dia: os Estados Unidos, em janeiro deste ano, e o Peru, em agosto de 2020, após a revisão de números represados.
Casos globais aumentam
Já são sete semanas consecutivas de aumento de casos globais de Covid-19 e quatro semanas de aumento de mortes pela doença em todo mundo, alertou nesta segunda-feira (20) o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça.
Os aumentos ocorrem apesar de mais de 780 milhões de doses de vacina serem administradas globalmente, disse Ghebreyesus, acrescentando que as vacinas são uma ferramenta vital e poderosa, mas não a única.
Coronavac
O Instituto Butantan enviou nesta segunda-feira (12) um novo lote de vacinas Coronavac para o Ministério da Saúde com 1,5 milhão de doses do imunizante. O novo lote faz parte das 46 milhões de doses contratadas pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI).
Até o momento foram entregues 39,7 milhões de doses ao PNI, 86,3% do acordo com o Ministério da Saúde.
Em entrevista à CNN neste domingo (11), o diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palacios, revelou que há estudos sobre a possível aplicação de uma 3ª dose da Coronavac.
"Existem grandes preocupações sobre como melhorar a duração da resposta imune, e uma das alternativas que tem sido considerada é uma dose de reforço, seja com a própria Coronavac, seja com outros imunizantes", disse Palacios.
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