A defesa da família de Wesley Soares Góes, policial morto na Barra, em Salvador, após um possível surto, vai pedir que o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) retire as investigações das mãos da Polícia Militar e assuma o caso.
O fato aconteceu no último dia 28, no cartão postal soteropolitano. Wesley teria sido alvejado pela polícia após ter disparado na direção dos policiais depois de cerca de quatro horas de negociação, durante o aparente surto psicótico
O caso é investigado pela Corregedoria da Polícia Militar e acompanhado por três promotores. Em entrevista à Record TV Itapoan nesta segunda-feira (5), o advogado Dinoemerson Nascimento contestou a "neutralidade" da PM para conduzir as apurações.
"Nós sabemos o relacionamento muito próximo que o comandante-geral tem com o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), inclusive ele é fundador do Bope, e aí a defesa questiona o seguinte: como é que pode ser investigado por uma pessoa que está diretamente ligada ao caso? O que é que prova que essa determinação de atirar contra o Wesley não partiu do comando-geral?", questionou o representante da família.
"Então, nós estamos pedindo, até formalmente, ao Ministério Público pra que ele avoque as investigações e retire das mãos da Polícia Militar do estado, porque nós entendemos que eles não têm neutralidade para investigar", completou.
De acordo com o advogado, informações preliminares do laudo pericial do Departamento de Polícia Técnica (DPT) apontam que Wesley recebeu 12 tiros.
Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos. O parecer da perícia ainda não foi concluído.
B.News
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