Esqueleto de dinossauro de 80 milhões de anos é resgatado de escombros em museu

escavação dinossauro Museu Nacional no Rio de Janeiro

Dois anos depois do incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, o trabalho de resgate das peças já recuperou 5 mil lotes e objetos importantes que integravam 14 das 25 coleções. Entre os itens encontrados pelos pesquisadores estão as vértebras de um dinossauro com mais de 80 milhões de anos. A ossada estava soterrada nos escombros do palácio. A espécie ainda é desconhecida e pertencia ao período Cretáceo.

O esqueleto ficava no térreo e foi soterrado pelos dois andares superiores da mais antiga instituição científica do país na tragédia de 2018. Mesmo assim, o dinossauro foi encontrado quase intacto, com poucas alterações causadas pelo calor.

 

É a segunda vez que o fóssil é resgatado.  A primeira foi numa expedição de paleontólogos da instituição no Mato Grosso, entre 2003 e 2006, que retirou duas toneladas de material próximo do Córrego Confusão, no município de Tesouro.

Os integrantes da equipe do resgate do Museu Nacional contaram que não tinham esperanças de encontrar as peças em boas condições. Segundo os pesquisadores, o soterramento protegeu os ossos do contato direto com o fogo. Além disso, a substituição mineral, pela qual os ossos passaram durante o processo de fossilização, pode ter sido um fator importante para a resistência.

O "dinossauro do Mato Grosso", como foi apelidado, é mais um dos resgates feitos desde o incêndio, como o crânio de Luzia, o esqueleto humano mais antigo da América, que revolucionou as teorias sobre a ocupação do continente, e os amuletos que ficavam dentro de uma múmia egípcia de 3.000 anos, nunca vistos antes.

escavação dinossauro Museu Nacional no Rio de Janeiro
Fóssil é resgatado nos escombros do Museu Nacional, no Rio de Janeiro
Foto: Divulgação/Museu Nacional
CNN

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