Foto: Jarbas Oliveira/Folhapress |
O
ex-ministro Ciro Gomes afirmou, em entrevista ao Globo divulgada neste
domingo (18), não ser provável uma aliança entre os demais
pré-candidatos à Presidência que, junto dele, subscreveram um manifesto
pela democracia no mês passado.
O
documento foi assinado conjuntamente com João Doria (PSDB), Luiz
Henrique Mandetta (DEM), Eduardo Leite (PSDB), João Amoêdo (Novo) e o
apresentador Luciano Huck (sem partido).
Ciro
afirma que nunca mais fará aliança com o PT e define o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva como “tomado por ódio”. Ele diz ter
“convicção” de ter tomado a decisão certa ao ter deixado o país em 2018
durante o segundo turno da eleição entre Jair Bolsonaro e Fernando
Haddad.
“A
minha vida inteira busquei posicionamento de centro-esquerda. E agora
achei a minha casa, porque no PSDB tentei isso, mas a inflexão de
Fernando Henrique me fez sair; no PSB busquei isso, e a inflexão do
Eduardo Campos me fez sair. Já no PDT, que tem a educação como
preocupação central, estou encontrando muito conforto”, diz Ciro.
Sobre
as diferenças entre as eleições de 2018 e o que se prenuncia para 2022,
o ex-presidenciável avalia que “a de 2022 será mais reflexiva do que
passional”.
“O
predominante em 2018 foi o antipetismo irracional. Quem interpretou de
forma mais tosca conseguiu se eleger. Agora, não. O predominante vai ser
a busca por soluções práticas e concretas. Antes, era a política contra
a não política. Agora, a experiência terá mais relevância. Antes havia
moralismo, por conta do escândalo moral do PT; agora é mais a questão
econômica, emprego.”
E
acrescenta: “Não sei quem será o próximo presidente, mas estou seguro
de que não vai ser Bolsonaro. Isso tem importância grande porque
descomprime o eleitor. Parte do eleitorado vota no PT porque não quer
Bolsonaro, ou no Bolsonaro porque não quer o PT. À medida em que
Bolsonaro passe a aparecer como derrotado nas pesquisas, as pessoas vão
tentar outra via. Trabalho por um cenário realista no qual Lula e eu
estaremos no 2º turno, o que ofereceria ao povo debate de alto nível. E
ainda admito a possibilidade de que Bolsonaro sequer esteja na disputa”.
Fonte: Bahia Notícias
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