Os familiares do pintor Edson Manuel Miranda de Oliveira realizaram uma
manifestação na manhã desta quarta-feira (21), na Rua Doutor João
Mangabeira, no bairro Serraria Brasil, em Feira de Santana, em frente a
residência de Ana Rita Borges de Almeida, que foi morta a facadas no dia 11 de março deste ano.
De acordo com Adriano Santos Ferreira, sobrinho do pintor, o tio dele
está sendo acusado de um crime que não cometeu. Edson Manuel foi preso
pela Delegacia de Homicídios (DH) no dia 12 de abril.
"Meu tio está sendo acusado de um crime que ele não cometeu. Ele é
inocente e temos testemunhas e provas que no dia do crime, meu tio
estava em outra residência, prestando outro serviço. O serviço que ele
fez para esta senhora, foi de um ano atrás e agora estão acusando ele
desse crime", relatou.
A advogada do pintor, Juliana Nogueira, também estava presente na
manifestação. Em entrevista ao Acorda Cidade, ela explicou que não há
nenhum tipo de prova que comprove que Edson Manuel teria cometido o
crime e destacou que o pintor não tinha mais contato com a vítima há
mais de seis meses.
"Essa senhora foi encontrada pelo filho, morta no interior de sua
residência no dia 12 de março. Meu cliente foi preso no Parque da
Cidade, na presença da esposa e dos filhos pelo fato que foi imputado a
ele de ter matado essa vítima, Ana Rita, com 19 facadas. Mas não há
provas, no local não há nenhuma câmera, não há fotos e o último contato
dele com a vítima foi há mais de seis meses, tanto que hoje ele está sem
celular porque foi assaltado. Meu cliente estava trabalhando no dia do
crime em outra residência, em outro bairro, muito distante daqui e
lógico que não teria como ele estar em dois locais distintos ao mesmo
tempo. Não há provas, no entanto, a preventiva dele foi decretada e ele
encontra-se preso há 10 dias", explicou.
De acordo com a advogada, as informações prestadas é que supostamente
Edson Manuel teria cometido o crime, devido a ameaças que estavam sendo
feitas por parte da vítima.
"Testemunhas relatam que ele tinha uma dívida de um carro e ela teria
dado um carro a ele e depois queria esse carro de volta. Por esse motivo
de querer o carro de volta, ela estava ameaçando ele por estelionato,
contudo, ele prestou um serviço para ela, recebendo a quantia de R$
4.500 e depois outro serviço de gesso no valor de R$ 1.000. Ele juntou
essas quantias junto com outros serviços e adquiriu este veículo, mas a
família da vítima alega que esse dinheiro dado por ela, teria sido
motivo do fato que ela estaria devendo a ele esse valor e por isso, ele
veio cometer esse crime. Mas não existem provas, apenas duas pessoas,
que neste caso é um dos filhos e uma sobrinha, mas não há extratos
bancários, não há nenhum ato promissório e não há nenhuma prova
material, no entanto, meu cliente encontra-se preso", afirmou a advogada
ao Acorda Cidade.
Protesto ocorreu em frente à casa da vítima
Ainda segundo a advogada, o caso foi elucidado pela Delegacia de Homicídios sem apresentar nenhum tipo de comprovação.
"Queremos justiça, porque o delegado e as partes, deram como concluído o
caso, elucidando este homicídio. Este é um fato muito sério que merece
total respeito, contudo eles não provaram de forma alguma que ele
cometeu. Meu cliente está pagando por um crime que ele não cometeu",
concluiu.
Acorda cidade
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