Uma advogada de 56 anos foi resgatada em uma chácara na última terça-feira (4), em Água Clara (MS), a 179 km de Campo Grande, após uma denúncia anônima de que ela estaria vivendo em situação análoga à escravidão. Ao chegar no local a polícia confirmou que além dela não receber pelos serviços, teria sofrido agressões. A profissional chegou no Mato Grosso do Sul depois de uma proposta de emprego, em um possível escritório de advocacia.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Felipe Madeira, a advogada, que é de São Paulo, estaria morando na Bahia, quando recebeu a proposta para trabalhar no suposto escritório em Mato Grosso do Sul. Em depoimento ela disse que o proprietário da chácara, em "um surto violento, teria batido nela com um porrete". Em uma das falas, durante a conversa, a advogada falou à polícia: "eu vi o demônio na minha frente".
Aos policiais ela mostrou fotos do dia em que foi agredida, onde é possível ver hematomas no braço da vítima. A mulher contou ainda que o proprietário da chácara "era extremamente agressivo, sendo que passava o dia inteiro proferindo xingamentos, e em um episódio recente teve um surto de raiva, utilizando um porrete para quebrar o vidro de uma caminhonete e golpeando a vítima no antebraço com a arma branca".
De acordo com o delegado, um inquérito foi aberto e o suspeito será investigado pelo crime de redução à condição análoga à escravo, com pena de 2 a 8 anos, e ainda pelo de lesão corporal grave, com pena de 1 a 5 anos.
B.News
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