Foto: Anderson Macena, Claudemir Mota, Dulce Melo, Flávia Lima e Janaína Ribeiro/MP-AL
O Ministério Público do estado de Alagoas cumpriu diversos mandatos de prisão e busca e apreensão da Operação Noteiras, por meio do Gaesf – Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens – do estado.
A operação tem como objetivo desmontar uma organização criminosa (Ocrim) especializada em fraudes fiscais, sediada em Alagoas e em São Paulo. O prejuízo fiscal causado plo grupo é estimado em R$ 435 milhões pelo MP-AL.
De acordo com a investigação, eles conseguiam o lucro por meio da emissão de mais de 20 mil notas fiscais falsas, que juntas alcançam a casa dos R$ 4 milhões, com a intenção de criar créditos fiscais através de empresas fantasmas. Contadores, empresários, "testas de ferro" e "laranjas" estariam envolvidos com as atividades criminais.
Ao todo foram expedidos 77 mandatos, entre busca e apreensão e prisão, para os estados de Alagoas e São Paulo. A pedido do Gaesf, o judiciário alagoano bloqueou 265 contas-corrente, que juntas somam a quantia de R$ 435.132.254,09.
“A Noteiras, em resumo, pretende cumprir prisões, bloquear contas e valores, apreender documentos, bem como qualquer outro elemento de convicção supostamente utilizado na prática desses crimes ligados às atuações ilícitas da Orcrim que age, principalmente, em Alagoas e em São Paulo”, disse o promotor de Justiça e coordenador do grupo especial, Cyro Blatter.
Ainda de acordo com promotor, a operação já faz investigações há dois anos. Os nomes dos suspeitos serão divulgados apenas ao fim das investigações.
O nome da operação, "Noteiras", faz referência ao apelido de organizações criminosas que falsificam notas fiscais.
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