O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu pela primeira vez na quarta-feira (20/5) que irá concorrer novamente à Presidencia nas eleições de 2022. A declaração foi dada ao jornal Paris Match, publicação impressa que circula em Paris, que traz na capa uma foto do petista com o frase "Eu sei candidato contra Bolsonaro", em francês.
Questionado literalmente se será candidato nas eleições de 2022, Lula respondeu: “Se estiver na liderança das pesquisas para ganhar as eleições presidenciais e gozando de boa saúde, sim, não hesitarei”, disse, segundo a tardução do Poder 360. “Presidente Lula em 2022, é possível?“, perguntou a revista francesa, mais uma vez. “Sim é possível. Basta fazer a pergunta para povo brasileiro”, reforçou o pernambucano.
“Acho que fui um bom presidente. Criei laços fortes com a Europa, América do Sul, África, Estados Unidos, China, Rússia. Sob meu mandato, o Brasil tornou-se um importante ator no cenário mundial, notadamente criando pontes entre a América do Sul, África e os países árabes, com o objetivo de estabelecer e fortalecer uma relação Sul-Sul e demonstrar que o predomínio geopolítico do Norte não é inexorável”, completou.
O petista esteve preso, mas foi solto após o Supremo Tribunal Federal decidir contra as prisões em segunda instância, tornando-se "ficha limpa" e elegível para as próximas eleições. A corte também votou contra a ação do ex-juíz Sérgio Moro na condução dos processos da Lava Jato em relação ao ex-presidente.
Lula comentou à revista francesa sobre este julgamento. “Em meu 1º depoimento, disse ao juiz Moro: ‘Você está condenado a me condenar porque a mentira foi longe demais e você não tem como voltar atrás’. Essa mentira realmente envolveu um juiz, promotores e a grande mídia do país, os quais me condenaram antes mesmo de eu ser julgado. O que eles não sabiam é que estou pronto para lutar até o último suspiro para provar que se uniram para me impedir de ir às eleições”, afirmou
Aratu
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