O senador Renan Calheiros (MDB), relator da CPI da Pandemia, afirmou neste sábado (8) que os filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não devem ser ouvidos pela comissão "por enquanto".
De acordo com informações do portal UOL, a declaração de Calheiros foi feita durante conversa transmitida ao vivo com advogados do grupo Prerrogativas. Na ocasião, ele foi questionado sobre uma eventual participação do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos).
Em uma das últimas respostas ao colegiado, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) citou um “assessoramento paralelo” ao presidente sobre o enfrentamento ao novo coronavírus. Sem citar Carlos nominalmente, Mandetta falou sobre o "filho do presidente que é vereador no Rio de Janeiro”.
"Quanto aos filhos do presidente, acho que nós não devemos, por enquanto, convocar, para evitar aquilo que eles tentam demonstrar todos os dias, de que nós queremos desgastar a família e que há uma pessoalização da própria investigação", argumentou Renan.
Por outro lado, o senador defendeu a convocação do ministro da Justiça, o delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres. Em entrevista à revista Veja, ele disse que solicitaria informações de investigações sobre desvios de verbas no combate à pandemia.
"O ministro da Justiça nos vamos chamar. A entrevista que ele deu à revista Veja devia ser algo impublicável. Admitir-se utilizar a Polícia Federal como polícia política não pode acontecer. O ministro da Justiça não deveria ousar tanto", avaliou.
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